No julgamento que culminou na absolvição da senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, concordou comn a tese da defesa de que as declarações de delatores são contraditórias e insuficientes para formar um 'juízo condenatório'. "Observa-se que toda argumentação tem como fio condutor o depoimento de delatores", anotou o ministro.
Documento
FIO CONDUTOR"Relatos não encontram respaldo em elementos de corroboração", assinalou Toffoli.
Além da senadora petista, a Corte máxima absolveu o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, ambos denunciados pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Os magistrados absolveram, ainda, o empresário Ernesto Kugler.
Por 3 a 2, os ministros do STF também absolveram Gleisi da prática de caixa 2 - falsidade ideológica eleitoral. Segundo a Procuradoria, Gleisi teria recebido R$ 1 milhão do esquema de propinas instalado na Petrobrás para sua campanha ao Senado em 2010.