Rafael Moraes Moura e Breno Pires, de Brasília
12 de julho de 2017 | 05h00
Lula. Foto: Marcio Fernandes de Oliveira/Estadão
Em sete páginas, o procurador da República Ivan Cláudio Marx, do Ministério Público Federal em Brasília, pediu arquivamento de investigação contra o ex-presidente Lula por suposta obstrução da Justiça.
Lula, na ocasião, conversando sobre a Operação Lava-Jato, ‘teria tentado persuadir os congressistas, que estavam entre as mais ascendentes lideranças senatoriais, a criar, no Senado Federal, uma espécie de ‘gabinete de crise de modo a se contraporem àquilo que estava sendo divulgado’ na mídia.
Em delação premiada, o ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT/MS) atribuiu a Lula interesse em comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró (Internacional), preso na Lava Jato por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
Delcídio declarou que ‘o presidente Lula queria que esse grupo assumisse um contraponto forte em relação aquilo que estava ocorrendo e que se protegesse o legado do ex-presidente’.
“Não se pode olvidar o interesse do delator em encontrar fatos que o permitissem delatar terceiros, e dentre esses especialmente o ex-presidente Lula, como forma de aumentar seu poder de barganha ante a Procuradoria-Geral da República no seu acordo de delação”, assinala o procurador.
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