Ao rejeitar, em caráter liminar, nesta quarta, 18, pedido de habeas para soltar Lula, o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, justificou sua decisão no posicionamento expresso da própria defesa constituída do ex-presidente em recente julgamento provocado por pedido de terceiros.
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EXPRESSO DESINTERESSESegundo informou o site do STJ, Humberto Martins destacou que, ao ser regularmente intimado, o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, assinalou 'expresso desinteresse' não só naquela, mas em qualquer outra representação excepcional, ou seja, de terceiros não constituídos para defender o ex-presidente.
Neste pedido, o impetrante, um advogado que não integra o núcleo de defesa de Lula, citou decisões monocráticas do Supremo que deram liberdade a condenados em segunda instância como exemplos de fatos novos para rediscutir a prisão após condenação em segunda instância.
O advogado particular solicitou a liberdade provisória do ex-presidente até o trânsito em julgado do processo do triplex do Guarujá, no qual Lula foi condenado a 12 anos e um mês de reclusão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente está preso desde 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba.