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Leia a decisão que deflagrou Cifra Oculta contra Haddad

Juiz da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo acolheu parcialmente pedido da Polícia Federal e determinou busca e apreensão e o sequestro de bens em gráficas que prestaram serviços à campanha do petista em 2012 para a Prefeitura paulistana, mas negou condução coercitiva do petista

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Por Julia Affonso , Luiz Vassallo e Fausto Macedo
Atualização:

Fernando Haddad e Nádia Campeão (PDdoB). Foto: Hélvio Romero/AE

O juiz da 1.ª Zona Eleitoral de São Paulo, Márcio Antônio Boscaro, acolheu parcialmente pedido da Polícia Federal em inquérito policial da Operação Cifra Oculta e determinou a busca e apreensão e o sequestro de bens em gráficas que prestaram serviços à campanha de Fernando Haddad (PT) para a Prefeitura paulistana em 2012. A decisão também se estende aos endereços residenciais dos proprietários das gráficas. Cifra Oculta foi deflagrada nesta quinta-feira, 1, em São Paulo, São Caetano e Praia Grande.

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O magistrado não autorizou, porém, duas medidas solicitadas pela PF - buscas e apreensões e condução coercitiva do próprio Haddad, de sua vice Nádia Campeão e do tesoureiro da campanha do petista, Francisco Macena. Boscaro entendeu que 'não existiam elementos suficientes para essa medida'.

O inquérito foi instaurado em decorrência das delações premiadas do empreiteiro Ricardo Pessoa e do executivo Walmir Pinheiro, ambos da UTC Engenharia, em 2016, no âmbito da Operação Lava Jato..

COM A PALAVRA, HADDAD "Com relação a Operação Cifras Ocultas, deflagrada hoje de manhã pela Polícia Federal, o ex-prefeito Fernando Haddad, por sua assessoria, informa que a gráfica citada, de propriedade do ex-deputado Francisco Carlos de Souza, prestou apenas pequenos serviços devidamente pagos pela campanha e registrados no TRE. A UTC teve seus interesses contrariados no início da gestão Haddad na Prefeitura, com o cancelamento das obras do túnel da avenida Roberto Marinho, da qual fazia parte junto com outras empreiteiras igualmente envolvidas na Lava Jato. O executivo da UTC, Ricardo Pessoa, era dos mais inconformados com a decisão. O propalado repasse de R$ 2,6 milhões, se ocorreu, não tem nada a ver com a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012, até porque seria contraditório uma empresa que teve seus interesses prejudicados pela administração, saldar uma dívida de campanha deste administrador." Assessoria do ex-prefeito Fernando Haddad

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