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Lava Jato Rio denuncia ex-presidente de Transportes Rodoviários por lavagem de R$ 22 mi e US$ 8 mi

Ministério Público Federal indica que Rogério Onofre e sua mulher, Dayse Deborah Alexandra Neves, lavaram mais de R$ 20 milhões com operações de compra e venda de imóveis em nome de terceiros, além de manter conta no exterior com mais de US$ 8 milhões

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Rogério Onofre. Foto: Governo do Rio

A Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro denunciou o ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado Rogério Onofre e mais oito pessoas por lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. O Ministério Público Federal aponta que Rogério Onofre e sua mulher, Dayse Deborah Alexandra Neves, também denunciada, lavaram mais de R$ 20 milhões com operações de compra e venda de imóveis em nome de terceiros, além de manter conta no exterior com mais de US$ 8 milhões.

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A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação Ponto Final, investiga um esquema em que empresas de ônibus teriam pago cerca de R$ 260 milhões em propinas a políticos e agentes públicos do Rio. Rogério Onofre foi denunciado por por receber R$ 43 milhões do esquema, chegou a ser preso na primeira etapa da operação e foi alvo de buscas na segunda ofensiva das apurações, aberta no último dia 30.

Na ocasião foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. As investigações apontaram um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro com a compra de imóveis no Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais, com entregas de dinheiro em espécie no Rio de Janeiro, além de ocultar recursos no exterior, indicou a Procuradoria.

Na denúncia, os procuradores apontam que Rogério e Dayse, entre 2010 e 2017, praticaram oito atos de lavagem de dinheiro por intermédio de organização criminosa, com a realização de operações de compra e venda de imóveis em nome de terceiros, no Paraná, em Santa Catarina e em Minas Gerais, no valor de R$ 20.561.817,00.

O casal também manteve, entre 2014 e 2016, uma conta no exterior, em nome de uma offshore, com o montante de US$ 8.341.420,86.

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As investigações identificaram, ainda, que, entre julho de 2013 a agosto de 2014, em quatorze oportunidades distintas, foi entregue um valor total de R$ 1,85 milhões pertencentes a Rogério Onofre e Dayse a Rodrigo Chedeak, que também foi denunciado. A Procuradoria informou que apura o destino a tal valor.

Segundo o MPF, os outros seis denunciados firmaram acordos de colaboração premiada que permitiram a descoberta dos crimes.

COM A PALAVRA, OS DENUNCIADOS

A reportagem busca contato com os denunciados. O espaço está aberto para manifestações.

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