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Lava Jato Rio abre nova etapa contra doleiros que movimentaram R$ 120 mi

Juiz Marcelo Bretas decretou três prisões preventivas e uma temporária

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Por Julia Affonso
Atualização:

 Foto: Free Images

A Operação Lava Jato Rio abriu nesta quarta-feira, 20, nova etapa de sua investigação contra doleiros. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, decretou três prisões preventivas e uma temporária. Dois doleiros teria, girado R$ 120 milhões entre 2011 e 2016.

Documento

PEDIDO DE PRISÃO

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Documento

DECISÃO

São alvo de mandado de custódia por tempo indeterminado os doleiros Sergio Guaraciba Martins Reina, Nissim Chreim e Thania Nazli Battat Chreim (mulher de Nissim) para 'garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal'. O magistrado mandou prender temporariamente Jonathan Chahoud Chreim. O juiz ainda autorizou buscas nos endereços residenciais e comerciais dos investigados.

A nova fase é um desdobramento da Operação Câmbio, Desligo. O delator Claudio Barboza relatou que Sergio Reinas atuava sob os codinomes 'Roma' e 'Mister' e girou R$ 37 milhões entre os anos 2011 a 2014. Segundo ele, Sergio Reinas operava com o doleiro Lucio Funaro, também delator.

"De acordo com os colaboradores doleiros, Sergio Reinas atuava na 'compra' e 'venda' de dólares, e também na utilização de sua conta de giro para a troca de cheques e pagamento de boletos fornecidos pelos colaboradores", relata Marcelo Bretas na decisão.

O Ministério Público Federal ligou Nissim Chreim ao codinome 'Miojo'. Cláudio Barboza afirmou que as operações de Nissim totalizaram US$ 22 milhões (R$ 83 milhões em cotação atual) entre 2011 e 2016.

"Nissim era conhecido desde a década de 90, pois era sócio e tio de Chaya Mughrabi, também investigado na Operação Câmbio Desligo e que permanece foragido", apontou Marcelo Bretas.

A reportagem está tentando contato com as defesas dos citados. O espaço está aberto para manifestação.

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