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Lava Jato pede ao Supremo remoção de Dirceu para Curitiba

Condenado no Mensalão, ex-ministro cumpria prisão domiciliar

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Atualização:

Sérgio Moro, juiz federal da Lava Jato. Foto: Gil Ferreira/Agência Brasil

Por Julia Affonso, Fausto Macedo, Valmar Hupsel Filho e Ricardo Brandt

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O juiz federal Sérgio Moro pediu ao ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a transferência do ex-ministro da Casa Civil (Governo Lula) para Curitiba, base da Operação Lava Jato. Condenado no Mensalão, Dirceu cumpria domiciliar. Ele foi preso nesta segunda-feira, 3, na 17ª fase da Lava Jato.

"Comunico a Vossa Excelência, que foi decretada, a pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, a prisão preventiva de José Dirceu de Oliveira e Silva", afirma Moro. "Como foi ele também condenado na Ação Penal 470/STF e está cumprindo pena em regime aberto, determinei que, após o cumprimento do mandado, fosse recolhido provisoriamente à carceragem da Polícia Federal em Brasília ou à ala própria da Penitenciária da Papuda no Distrito Federal, à disposição do Egrégio Supremo Tribunal Federal."

Pedido do juiz Moro ao STF. Clique para ampliar 

O ex-ministro está sob investigação na Lava Jato por suposto recebimento de propinas disfarçadas na forma de consultorias, por meio de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria, já desativada. A Polícia Federal incluiu a JD Assessoria e Consultoria em um grupo de 31 empresas "suspeitas de promoverem operações de lavagem de dinheiro" em contratos das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco - construção iniciada em 2007, que deveria custar R$ 4 bilhões e consumiu mais de R$ 23 bilhões da Petrobrás.

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"Como as investigações e processos tramitam em Curitiba, seria importante, contudo, a sua remoção para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Assim, solicito, respeitosamente, à V.Ex.ª autorização para transferência do acusado para a prisão em Curitiba/PR", aponta o juiz, que conduz as ações penais da Lava Jato.

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