PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Lava Jato pede acesso a 11 anos de e-mails de Cerveró na Petrobrás

Procuradores que investigam corrupção na estatal querem rastrear todos os contatos de ex-diretor de Internacional acusado de corrupção e lavagem de dinheiro

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Por Mateus Coutinho, Fausto Macedo e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba

Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobrás. Foto: André Dusek/ Estadão

PUBLICIDADE

A força-tarefa da Lava Jato pediu à Justiça Federal acesso a todos os e-mails do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, inclusive correspondências trocadas por ele no período em que exerceu a função e até quando ocupava o cargo de diretor financeiro da BR Distribuidora, braço da estatal petrolífera.

A solicitação engloba desde 2003, quando Cerveró assumiu o comando da Internacional, até 2014, quando ele foi demitido do posto na BR Distribuidora por suspeita de seu envolvimento nas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

Os procuradores federais que investigam malfeitos na Petrobrás querem identificar com quem Cerveró mantinha contatos no âmbito da própria estatal e de fora também. Eles buscam pistas de negócios suspeitos que o ex-diretor teria conduzido, por isso pretendem encontrar suas ligações, inclusive com empreiteiros.

VEJA A ÍNTEGRA DA PETIÇÃO DO MPF

Publicidade

O pedido dos procuradores foi feito em um aditamento ao requerimento de bloqueio de bens do executivo, que foi acatado pelo juiz Sérgio Moro no dia 21 de janeiro. Na ocasião, o magistrado determinou que o ex-diretor tenha bloqueados ativos no valor de R$ 106 milhões, correspondente à propina de US$ 40 milhões que ele teria recebido na contratação de navios sondas.

Cerveró está preso na Custódia da Polícia Federal desde janeiro de 2015. Ele já é réu em duas ações penais, uma por corrupção passiva, outra por lavagem de dinheiro.

________________________________________________________

VEJA TAMBÉM:

Operador da Lava Jato mora em apartamento R$ 10,6 mi na Suíça

Publicidade

Justiça decretou bloqueio de R$ 106 milhões de ex-diretor

CPI da Petrobrás é instalada em meio a polêmica sobre doações de empresas

_________________________________________________________

No documento a força-tarefa pede também a quebra de sigilo da offshore Jolmey Sociedad Anônima e Jolmey do Brasil (subsidiária da empresa aberta no País) a partir de 7 de novembro de 2008, quando foi instalada a subsidiária brasileira da empresa.

Com parte da propina, segundo a Procuradoria da República, ele adquiriu um apartamento no bairro de Ipanema, zona Sul do Rio, declaradamente por R$ 1,5 milhão - o valor de mercado do imóvel bate em R$ 7,5 milhões. A Justiça já decretou o sequestro do apartamento.

Publicidade

COM A PALAVRA, A DEFESA:

O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, nega que seu cliente tenha recebido propinas e nem lavado dinheiro ilícito. Para o defensor, o Supremo Tribunal Federal "vai anular toda a Operação Lava Jato".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.