Matéria atualizada às 12h24 de 09.01 com posicionamento do governador Helder Barbalho*
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta, 9, a Operação Fora do Caixa, desdobramento da Lava Jato, para apurar suposto pagamento de caixa 2 de R$ 1,5 milhão para o atual governador do Pará, Helder Barbalho, no âmbito de sua candidatura ao executivo do Estado nas eleições de 2014. O ex-senador Luiz Otávio Campos (MDB) foi preso em Belém (PA), sob suspeita de ter intermediado os pagamentos. Ao final da tarde desta quinta, 9, após audiência de custódia na Justiça Eleitoral em Belém, o ex-senador foi solto
Agentes também cumprem um outro mandado de prisão em Palmas (TO) buscando Álvaro Cesar Silva da Rin. Ele também teria intermediado o pagamento das supostas propinas.
A ação realiza ainda buscas em seis endereços - três em Belém, uma em Palmas e duas em Brasília (DF). As ordens foram expedidas pela 1ª Vara da Justiça Eleitoral em Belém.
Em coletiva, o delegado Bruno Benassuly indicou que as medidas foram decretadas em face de cinco pessoas, no total.
A Polícia Federal chegou a pedir buscas em endereços ligados a Helder Barbalho, mas a Justiça negou. Em nota, o governo do Estado destacou que Helder Barbalho não é alvo da ação.
Segundo a PF, a investigação teve início a início a partir da colaboração premiada de executivos da Odebrecht que relataram o pagamento de R$ 1,5 para candidato ao Governo do Estado do Pará por meio de três entregas, de R$ 500 mil cada.
Os pagamentos teriam sido realizados entre setembro e outubro de 2014 e teriam sido intermediados pelo ex-senador citado em delação.
A corporação apontou ainda que há indícios de que ao menos um dos pagamentos foi realizado em endereço ligado a parentes do ex-parlamentar.
O caso era apurado junto ao Supremo Tribunal Federal, mas foi declinado para a primeira instância por causa do entediamento da Corte sobre a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar crimes comuns em conexão com crimes eleitorais.
A 'Fora do Caixa' apura crimes de falsidade ideológica eleitoral, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
O nome da operação, segundo a PF, faz referência ao recebimento de recursos eleitorais não contabilizados.
COM A PALAVRA, O EX-SENADOR LUIZ OTÁVIO
A reportagem busca contato com a defesa do ex-senador. O espaço está aberto para manifestações.
COM A PALAVRA, O GOVERNADOR HELDER BARBALHO
"Sobre a operação da Polícia Federal desta quinta-feira(9), Helder Barbalho não é alvo da ação."