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Lava Jato exige fiança de R$ 1,5 mi de Vaccarezza em cinco dias

Ministério Público Federal solicitou ao juiz Sérgio Moro que decrete ‘prazo improrrogável’ para o pré-candidato a deputado federal quitar valor imposto a ele em investigação sobre supostas propinas de US$ 500 mil em contratos de fornecimento de asfalto à Petrobrás

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Por Julia Affonso
Atualização:

Cândido Vaccarezza. Foto: ANDRE DUSEK/ESTADAO

A força-tarefa da Operação Lava Jato requereu ao juiz federal Sérgio Moro nesta segunda-feira, 13, que mande o ex-deputado Cândido Vaccarezza (Avante-SP) pagar a fiança de R$ 1,5 milhão 'no prazo improrrogável' de cinco dias 'sob pena de cassação do benefício'. O ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara deixou a prisão em agosto do ano passado sem quitar o valor imposto a ele no âmbito de uma investigação por supostas propinas de US$ 500 mil em contratos da Petrobrás.

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Em manifestação a Moro, também nesta segunda, o ex-deputado requereu ao o magistrado que não o mande para prisão domiciliar, não imponha o uso da tornozeleira eletrônica e cesse a cobrança de fiança de R$ 1,5 milhão.

A Procuradoria da República e Vaccarezza se manifestaram após Moro intimá-los sobre a lista criada pelo ex-deputado no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha a deputado federal mesmo devendo a fiança.

O posicionamento da Lava Jato apresentado nesta segunda a Moro reitera o pedido feito em março deste ano ao magistrado. Na ocasião, o Ministério Público Federal solicitou que o magistrado desse um prazo de cinco dias para que o deputado pagasse o montante. Caso não houvesse pagamento, pediu a Lava Jato, Vaccarezza deveria ser colocado em prisão domiciliar 'considerando o estado de saúde do investigado'.

O ex-deputado é investigado por supostas propinas de US$ 500 mil oriundas de contratos para o fornecimento de asfalto à Petrobrás. Segundo a Lava Jato, o ex-deputado colocou 'seu mandato eletivo à venda para intermediar contratos com a Petrobrás ou com outras entidades da Administração Pública direta ou indireta'.

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Após cinco dias na cadeia, Vaccarezza foi solto por Moro, que considerou problemas de saúde alegados pelo ex-deputado e impôs medidas cautelares. Em 22 de agosto de 2017, Moro determinou seis cautelares, uma delas a fiança de R$ 1,5 milhão.

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