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Lava Jato cobra R$ 152,6 milhões de duas empreiteiras do cartel

Valor, acrescido de US$ 14,8 milhões, é referente à corrupção na Petrobrás supostamente cometida pela Queiroz Galvão e pela Iesa Óleo e Gás, cujos executivos foram denunciados pela Procuradoria da República ao juiz Sérgio Moro

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Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Ricardo Brandt , Julia Affonso , Mateus Coutinho , Fausto Macedo e enviado especial a Curitiba
Atualização:
 
 

O Ministério Público Federal cobra R$ 152,6 milhões e US$ 14,8 milhões das empreiteiras Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, cujos executivos - oito ao todo - foram denunciados nesta terça-feira, 13, por formação de cartel, corrupção ativa e lavagem de dinheiro no esquema de propinas instalado na Petrobrás.

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Na denúncia, os procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato pedem o montante a título de 'reparação mínima dos danos' causados à estatal petrolífera por meio do esquema de corrupção.

Os procuradores cobram R$ 105,03 milhões e US$ 12,45 milhões dos executivos ligados à Queiroz, além de R$ 47,61 milhões e mais US$ 2,36 milhões dos dirigentes da Iesa Óleo e Gás, 'valor estimado da corrupção'.

"Esses montantes correspondem à estimativa mínima da propina oferecida pelos empreiteiros", assinalam os procuradores.

 

A denúncia é a primeira pelo crime de cartel no âmbito da Lava Jato. Segundo o procurador Diogo Castor, 'o crime de cartel é muito difícil de comprovar'.

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"O ajuste entre as grandes construtoras foi comprovado por colaborações premiadas, que quebraram a corrente de silêncio, e por documentos apreendidos bastante ilustrativos."

Um documento que embasa a primeira denúncia por cartel é o 'regulamento do campeonato esportivo' - que regulava a conduta das empresas do cartel.

Outro documento é o que estabelecia premiações de um suposto 'bingo fluminense', o qual na verdade dividia obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) entre as construtoras.

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