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Lava Jato aponta 'taxa de oxigênio' também na Prefeitura do Rio

Procurador Sergio Pinel afirmou que 'organização criminosa liderada por Cabral se estendeu por outras ramificações do PMDB'

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Por Constança Rezende
Atualização:

Alexandre Pinto (no centro, de azul) já havia sido preso na Operação Rio 40 Graus, em agosto. Foto: Fabio Motta/Estadão

O procurador da República Sergio Pinel afirmou nesta quinta-feira, 3, que "dá para perceber uma conexão" entre os supostos esquemas de propina do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e da Secretaria Municipal de Obras da gestão do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB). De acordo com o procurador, um dos indícios é o termo usado para chamar a propina cobrada em obras públicas nos dois esquemas: a "taxa oxigênio". O MPF relacionou o fato aos dois governos serem liderados por políticos do mesmo partido: o PMDB.

"A organização criminosa liderada por Cabral se estendeu por outras ramificações do PMDB. É possível que este esquema tenha sido replicado ainda para outros entes federados que possuíam agentes públicos do PMDB", disse o procurador.

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'E nós vamos chancelar esse tipo de patifaria?'

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O ex-secretário de Obras da Prefeitura Alexandre Pinto foi preso nesta quinta-feira, 3, na Operação Rio 40 Graus.

Em nota, a PF informou que a Rio 40 Graus apura um esquema envolvendo o pagamento de propina a servidores públicos nas esferas municipal e federal, por meio de serviços fictícios de advocacia e entregas de valores em espécie desviados das obras do BRT Transcarioca e do Programa de Despoluição da Bacia de Jacarepaguá. A operação é realizada em conjunto ao Ministério Público Federal e a Receita Federal.

As investigações, iniciadas há cerca de quatro anos, indicam a participação de servidores públicos municipais no grupo criminoso.

O Estado ainda não conseguiu ouvir o PMDB sobre as acusações.

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