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Lava Jato aponta que mais um réu do mensalão recebeu propinas durante julgamento

João Claudio Genu é suspeito de ter recebido dinheiro do esquema na Petrobrás enquanto era julgado no mensalão; o ex-ministro José Dirceu, condenado a 23 anos na Lava Jato, também recebeu propinas

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Por Mateus Coutinho , Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Atualização:

José Dirceu (dir) e João Claudio Genu (esq). Foto: Estadão

Com a nova fase da Lava Jato deflagrada nesta segunda-feira, 23, a Polícia Federal apontou que mais um réu do mensalão, o ex-assessor de José Janene, João Claudio Genu, teria recebido propinas mesmo durante o emblemático julgamento do Supremo Tribunal Federal que acabou levando para a cadeia integrantes da cúpula do PT.

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Além das suspeitas sob Genu, na semana passada o juiz Sérgio Moro condenou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a 23 anos de prisão e apontou que era "perturbador" o fato de Dirceu ter continuado a receber valores ilícitos do esquema Petrobrás inclusive durante o julgamento do mensalão- que em 2012 condenou o petista a 7 anos e onze meses de prisão por corrupção passiva.

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O ex-ministro teve a maior pena da Lava Jato até agora. Ele teria recebido R$ 15 milhões em propinas e atuado na lavagem de R$ 10,2 milhões, parte do dinheiro recebido durante o emblemático julgamento do STF. Dirceu está preso em caráter preventivo em Curitiba, base da Lava Jato, desde 3 de agosto de 2015.

"Nem o julgamento condenatório pela mais Alta Corte do País representou fator inibidor da reiteração criminosa, embora em outro esquema ilícito", argumenta o juiz na sentença que condenou Dirceu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Agora as investigações da Polícia Federal apontam que Genu, ex-assessor de um dos mentores do mensalão e do esquema de corrupção na Petrobrás, José Janene (ex-PP, morto em 2010), também teria recebido dinheiro ilícito do esquema da petrolífera estatal enquanto estava sob julgamento do STF.

 

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