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Lamborghini de Eike sai a R$ 1,4 mi em leilão que driblou Lava Jato

Carro de luxo de empresário alvo da PF ficou, nesta quarta, 10, R$ 300 mil abaixo do pedido inicial; também foi negociada uma lancha, por R$ 1,9 milhão, também abaixo do lance inicial de R$ 3,5 milhões

Por Denise Luna/RIO
Atualização:

 Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

RIO - Um crime mais antigo do empresário Eike Batista na 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro "roubou" o leilão que seria feito no próximo dia 18 com bens do empresário pela 7ª Vara. Ontem, a Lamborghini e a lancha de Eike, considerados os bens arrestados de maior valor pela Justiça pelos crimes cometidos no âmbito da Operação Lava Jato foram a leilão, e conseguiram compradores por preços bem mais baixos do que seriam vendidos no leilão de Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara.

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A Lamborghini saiu por R$ 1,4 milhão, contra o R$ 1,7 milhão que seria pedido no leilão do dia 18, já com o desconto de 20% dado por Bretas sobre o valor original de R$ 2,2 milhões do primeiro leilão, realizado no último dia 4. A lancha, que foi oferecida em um primeiro momento pela 7ª Vara a R$ 3,5 milhões, foi vendida por R$ 1,9 milhão no leilão da 3ª Vara. O preço no leilão do dia 18 seria de R$ 2,8 milhões.

De acordo com o leiloeiro Renato Guedes, da 7ª Vara, a venda para uma execução judicial mais antiga é comum nesses casos, e o processo da 3ª Vara se encaixa nesse precedente. "Lá é um processo que não tem nada a ver com Lava Jato, é um crime mais antigo, e como o Eike só tem esses bens de maior valor na Justiça, fizeram o leilão", explicou.

Agora, a tendência é de que os bens sejam retirados do leilão do dia 18 e, se o valor arrecadado pela 3ª Vara for maior do que o valor dos crimes naquela instância, a diferença provavelmente será destinado à 7ª Vara. Possíveis novos bens para serem leiloados, segundo Guedes, ainda não foram informados.

O processo contra Eike na 3ª Vara Criminal se refere ao crime de manipulação de mercado por conta das ações da petroleira OGX, e data de 2014. Além dos bens vendidos hoje, o empresário só teria de valor, para um futuro leilão, as casas em Angra dos Reis e no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, mas que não estão na listagem de bens arrestados pela justiça.

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