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Kassab quer manter foro privilegiado em inquérito sobre R$ 20 mi da Odebrecht

Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações recorreu da decisão de Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que enviou o caso para à Justiça de São Paulo; no mérito, ele quer o arquivamento da investigação e, se o ministro persistir em mantê-la, que seja mandada para a Vara Eleitoral

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Gilberto Kassab. Foto: Evelson de Freitas/Estadão

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), recorreu contra a decisão de Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, que enviou à Justiça de São Paulo inquérito aberto com base na delação da Odebrecht.

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Documento

AGRAVO REGIMENTAL

O pedido é subsidiário. No mérito, a defesa quer o arquivamento do inquérito. Caso o ministro ainda persista em declinar de competência e manter a investigação, os advogados querem que ela vá para a Justiça Eleitoral.

Os defensores sustentam que, no julgamento em que o Supremo Tribunal Federal decidiu restringir o foro de parlamentares, não ficou definida a situação dos demais cargos que gozam da prerrogativa.

"Como se nota, a questão permanece obscura, em especial no que se re-fere à aplicabilidade do entendimento alcançado na QO na AP 937 a Ministros de Estado e demais ocupantes de cargos para os quais a Constituição da República prevê foro por prerrogativa de função, com competência originária dessa eg. Corte", sustentam.

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Os delatores da empreiteira narraram que, entre 2008 a 2014, Kassab teria recebido vantagem indevida de R$20 milhões.

Em despacho do dia 9, Fux atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em manifestação, a PGR destacou que os supostos delitos cometidos por Kassab teriam sido praticados enquanto ele exercia os cargos de prefeito de São Paulo e de Ministro das Cidades, apuração, que em função da restrição do foro definido pela Corte em maio, deveria ser declinada à primeira instância da justiça.

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