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Karol Conká: o que vem depois da crise?

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Por Bruno Aguiar
Atualização:
Bruno Aguiar. FOTO: GUILHERME LEMOS Foto: Estadão

A rapper e apresentadora Karol Conká viu sua carreira afundar durante a participação na vigésima primeira edição do Big Brother Brasil. Karol foi eliminada com o recorde mundial de 99,17% de rejeição e agora terá que lidar com os danos desta crise de imagem.

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Mas é possível gerenciar essa crise? Sim. De forma alguma a carreira de Karol Conká está perdida. Até aqui, alguns passos importantes foram dados para a sua redenção. Já após a eliminação, ela se colocou no lugar de "eu sei que estou errada, pretendo mudar e me desculpem", o básico para gerenciamentos de crise de figuras públicas. O discurso foi repetido não só no Big Brother, como nos programas Mais Você, Faustão e Fantástico.

Até aí, tudo bem. Mas o que vem a seguir? Uma crise como esta, você não apenas gerencia como explora a fim de trazer benefícios. Toda crise é um palco. Um palco ruim, mas, uma vez nele, você pode tentar conduzir o público para a sua arte.

O mais indicado agora é que Karol deixe a sua imagem esfriar, pelo menos até o final do programa. Após isso, uma nova Karol Conká pode surgir. Mais madura, consciente e humilde. E ela tem um ponto ao seu favor: a arte. Karol pode escrever músicas sobre errar e assumir o erro, sobre rejeição e cancelamento. Ganha mais força se alguma dessas letras vier acompanhada de uma parceria com alguém que possa ajudá-la a se reinserir na cena musical.

Já imaginou um feat. entre Pabllo Vittar e Karol Conká? Pabllo arrasando na parte pop e Karol dando a letra em um RAP sobre cancelamento, empatia, decisões erradas e volta por cima?

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Outra possibilidade é Karol se associar a espaços de entretenimento em que ela possa fazer piada sobre a própria crise e, assim, ir deixando o assunto cada vez mais leve e palatável. Imagine uma temporada do TVZ com Karol Conká, um espaço para mostrar seus dons de cantora e apresentadora. Daria audiência? Muita. Então, também é do interesse da emissora. E a rapper ainda teria a chance de associar a sua imagem novamente ao entretenimento, com uma ou outra zueira envolvendo as suas polêmicas.

Um ponto de atenção importante é o tom irônico de Karol. Conká carregou esse tom por toda a sua trajetória (Oi, Lumena) no BBB. E precisa largá-lo urgentemente, pois nenhum passo dado será válido se ele flertar com o irônico.

Mas vamos vislumbrar um cenário em que tudo isso aconteceu perfeitamente. Pronto! A crise começa a virar a página. Chega a hora do apogeu. O perdão já foi dado. Agora vem a admiração, - que requer um processo mais longo, requer constância e requer uma vida inteira de consistência.

Torcemos para que esse cenário se concretize e a carreira de Karol Conká faça a reviravolta que precisa.

*Bruno Aguiar é jornalista, gestor de crises e CEO do Conversa Estratégias de Comunicação Integrada

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