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Justiça põe no banco dos réus moça do PCC 'traquejada no mundo do crime' que tirou foto empunhando fuzil

Gabriela Sara Vasconcelos foi presa em flagrante em uma rodovia junto com o namorado quando transportava armamento pesado e munições

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Por Pedro Prata
Atualização:

A 2.ª Vara de Bebedouro, no interior de São Paulo, acolheu denúncia criminal do Ministério Público contra Gabriela Sara Vasconcelos Assunção e o seu namorado, Thiago Vieira da Silva, por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

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FOTO FUZIL

Os dois foram presos em flagrante numa rodovia, em 7 de outubro, transportando dez pistolas de calibre 9mm, um fuzil de calibre 556mm, 199 cartuchos e 484 munições. Após a audiência, Gabriela foi liberada pois afirmou que 'ficou muito assustada' e não sabia que as armas estavam no carro.

Assim determinou o juiz Luiz Fernando Silva Oliveira. "Como o autuado Thiago demonstra deter o domínio final sobre os atos de Gabriela, a colocação dela em liberdade não acarretará violação da ordem pública, porque, sem o comparsa, Gabriela terá dificuldades de agir e por isso o caso é de conceder a ela a liberdade provisória."

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Foto no celular dela mostrava Gabriela portando um fuzil. Foto: Reprodução

O Ministério Público voltou a pedir a prisão preventiva de Gabriela, uma vez que os investigadores encontraram uma foto no celular dela posando ao lado de um fuzil.

"Ela tinha plena consciência de que estava em São Paulo para buscar armas pesadas, e que estava agindo dentro da organização criminosa Primeiro Comando da Capital - PCC."

Em outra imagem, Gabriela empunha um revólver. Foto: Reprodução

No curso das investigações, a Polícia de São Paulo entrou em contato com as autoridades do Pará, na cidade de Tucuruí, e descobriram que Gabriela também é investigada lá.

Diante dos novos fatos, o juiz Oliveira reconheceu que a realidade é diferente daquela que colocou Gabriela em liberdade.

"A ré Gabriela Sara é a pessoa que tem experiência no mundo do crime, e, provavelmente, é mais, ou tão experiente que o namorado e corréu Thiago, e sua liberdade provisória está comprometendo a ordem pública, porque ela tem totais condições de agir, independentemente do corréu Thiago estar preso ou solto, porque ela é traquejada no mundo da criminalidade."

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A ré foi presa pela Polícia de Anápolis. Foto: Polícia Civil de Goiás/Divulgação

O magistrado ainda ressalta que, apesar de Gabriela possuir uma filha de quatro anos, não é possível deixá-la solta, e expediu a prisão preventiva.

Gabriela foi presa pela Polícia Civil de Anápolis, em Goiás, neste sábado, 16.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem busca contato com as defesas dos réus. O espaço está aberto para manifestação. (pedro.prata@estadao.com)

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