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Justiça Federal manda PF reter passaporte de Carlos Wizard quando empresário voltar ao Brasil

Aguardado na quinta-feira, 17, para prestar depoimento à CPI da Covid, empresário não apareceu no Senado; Polícia Federal tentou fazer condução coercitiva, mas ele não foi encontrado na sua casa em Campinas (SP)

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Por Rayssa Motta
Atualização:

A Justiça Federal determinou nesta sexta-feira, 18, a retenção do passaporte do empresário Carlos Wizard após seu retorno ao Brasil. Ele era aguardado ontem na CPI da Covid, mas faltou ao depoimento.

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Documento

Leia a decisão

A decisão foi tomada pela juíza Márcia Souza, da 1.ª Vara Federal de Campinas, depois de ouvir a Polícia Federal. A corporação tentou fazer a condução coercitiva do empresário, mas ele não foi encontrado em casa. Sua defesa diz que ele está nos Estados Unidos.

"Após as informações da Delegacia de Policia Federal em Campinas, verificou-se que o Senhor Carlos Wizard encontra-se fora do Brasil. Assim, em acatamento à segunda parte da ordem, determino à Polícia Federal que cumpra o último parágrafo do ofício 1560/2021 CPIPANDEMIA, ou seja, proceda a retenção do passaporte de Carlos Roberto Wizard Martins imediatamente após o seu ingresso em território nacional", diz o despacho.

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Carlos Wizard. Foto: Werther Santana/Estadão

Na decisão, a magistrada determinou que o Senado Federal seja comunicado sobre a medida. Wizard é investigado pela comissão parlamentar sob suspeita de integrar e financiar o chamado 'ministério paralelo', que teria aconselhado o presidente Jair Bolsonaro sobre a gestão da pandemia na contramão das orientações do Ministério da Saúde.

O empresário chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal para ser ouvido por vídeo, mas o ministro Luís Roberto Barroso, relator do requerimento, disse que a palavra final sobre a modalidade do interrogatório cabe ao Senado Federal. O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, já rejeitou o depoimento remoto. Barroso, no tanto, deu autorização para que Wizard se recusasse a responder as perguntas dos senadores. O empresário também teve os sigilos telefônicos e telemático quebrados por ordem da CPI.

 

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