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Justiça condena vereador por ataque antissemita a colega na Câmara de São Paulo

Adilson Amadeu (União Brasil) chamou o também vereador Daniel Annenberg (PSDB) de 'judeu filho da p.' e 'judeu bosta' durante sessão em 2019; pena de prisão foi substituída por serviços comunitários

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Por Rayssa Motta
Atualização:

O vereador Adilson Amadeu (DEM) Foto: JF Diorio/Estadão

O vereador paulistano Adilson Amadeu (União Brasil) foi condenado por ataques antissemitas ao também vereador Daniel Annenberg (PSDB) durante uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo. O tucano foi chamado de "judeu filho da puta" e "judeu bosta" após votar contra um projeto de lei do colega.

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A pena de um ano e quatro meses de prisão, fixada incialmente pela Justiça, foi convertida em trabalhos comunitários pelo mesmo período. O vereador também foi condenado a pagar multa de um salário mínimo e indenização de R$ 10 mil por danos morais. Ele ainda pode recorrer.

Na época, Amadeu chegou a se desculpar com a comunidade judaica. Ele disse que se "excedeu" no "calor da discussão".

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O vereador Daniel Annenberg disse que decidiu ir adiante com o projeto mesmo após pedido de desculpas para 'inibir que fatos assim tornem a acontecer'. Foto: Hélvio Romero/Estadão

A juíza Ana Helena Mellim, da 31.ª Vara Criminal de São Paulo, enquadrou as declarações como injúria racial, que engloba ofensas de raça, cor, etnia e religião. Ela também considerou que a fala do vereador não estava protegida pela imunidade parlamentar.

"Muito embora o acusado tenha demonstrado arrependimento afirmando que assim agiu como forma de revidar comentários injuriosos da vítima, tais circunstâncias não são bastantes para aplicação do perdão judicial", escreveu.

COM A PALAVRA, O VEREADOR ADILSON AMADEU

A reportagem entrou em contato com o gabinete do vereador e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

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