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Justiça condena Acir Filló a 7 anos e 9 meses por desvios de R$ 350 mil em Ferraz

Ex-prefeito do município na região Leste da Grande São Paulo, que já está preso por outros crimes, agora é novamente sentenciado por fraudes à licitação, crimes de responsabilidade e associação criminosa envolvendo contratos de sua gestão com gráficas, em 2015

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

O ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos, Acir Filló. Foto: Facebook / Reprodução

O juiz da 3ª Vara Criminal de Ferraz de Vasconcelos, João Walter Cotrim Machado, condenou o ex-prefeito Acir Filló (sem partido/expulso do PSDB) a sete anos e nove meses de prisão por supostos desvios de R$ 350 mil em contratos com gráficas. Também foram sentenciados o empresário Willington Souza (cinco anos)  e a ex-chefe do departamento de compras, Márcia Castello (cinco anos e três meses).

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SENTENÇA

Segundo a denúncia, os desvios teriam sido feitos em três ocasiões, no primeiro semestre de 2015. Filló foi sentenciado por crimes de responsabilidade, associação criminosa e fraude às licitações.

Segundo o juiz, 'as consequências do crime foram danosas à população'. "O Município de Ferraz de Vasconcelos é carente de serviços públicos básicos e, ao ser realizada licitação fraudada pelo gestor público, a população sofre ainda mais com a indisponibilidade de recursos para atendimento de suas necessidades".

"Os crimes praticados pelo réu geram consequências gravosas em desfavor de todos os munícipes, que confiaram o mandato público a pessoa que dilapidou o erário e privou a população, de cidade já tão carente, de ver destinado o dinheiro público para o interesse comum", anotou.

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O magistrado ainda ressalta. "O réu valeu-se do cargo que ocupava porque democraticamente eleito para praticar o crime, em prejuízo da população que o elegeu, em conduta social que deve ser fortemente reprimida".

Prisão preventiva

A capa do livro de Acir. Foto: Reprodução / diariodetremembe.com.br

Acir Filló está preso e é acusado em diversas ações penais de fraudes e desvios. Ele tentou delação premiada, que foi rejeitada pelo Ministério Público.

Também escreveu o livro Diário de Tremembé, com relatos de presos da penitenciária do interior de São Paulo. O livro pôs suspeitas sobre os motivos que levaram ao regime domiciliar de Roger Abdelmassih, que culminaram com a revogação do benefício ao ex-médico.

O magistrado manteve o decreto por entender que há 'indícios, assim, de que possui influência sobre pessoas que exercem funções públicas'.

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"Conforme já consignado, o réu sofre diversas acusações por atos de improbidade e por crimes de fraudes em licitação supostamente praticados durante seu mandato de prefeito.Apesar de não mais exercer cargo público político, possui grande influência no meio. Conforme indicou o Ministério Público, mesmo após a sua prisão, servidores públicos da Delegacia Seccional de Polícia de Mogi das Cruzes deixaram de providenciar a transferência do acusado para o Centro de Detenção Provisória, fato que, inclusive, ensejou a instauração de procedimento administrativo pelo Juízo Corregedor", escreve.

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