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Justiça bloqueia R$ 18 mi na Operação Pegadores por fraudes na Saúde do Maranhão

Sequestro alcança bens móveis e imóveis de investigados da quinta fase da Operação Sermão aos Peixes, que mira apadrinhados de políticos, faz buscas até na sede da Secretaria da Saúde do Estado e procura 17 suspeitos; Governo Flávio Dino (PC do B) diz que está colaborando com as investigações

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:

 Foto: Fábio Motta/Estadão

A Justiça Federal decretou o bloqueio de R$ 18 milhões de investigados da Operação Pegadores, quinta fase da Operação Sermão aos Peixes, deflagrada nesta quinta-feira, 16, para investigar desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo governo do Maranhão com entidades do terceiro setor.

Segundo os investigadores, as fraudes se prolongaram até 2017. O Governo Flávio Dino (PC do B) informou que a 'Secretaria de Estado da Saúde está totalmente à disposição para ajudar no total esclarecimento dos fatos'.

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Pegadores é uma ação conjunta da Polícia Federal, Procuradoria, Receita e Controladoria-Geral da União.

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A 1.ª Vara Criminal da Justiça Federal do Maranhão autorizou cumprimento de 45 mandados, dos quais 17 de prisão temporária e 28 de busca e apreensão.

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Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades maranhenses de São Luís, Imperatriz e Amarante, e também em Teresina.

As diligências de busca e apreensão estão sendo cumpridas na sede da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão e na Superintendência de Acompanhamento à Rede de Serviços.

As prisões foram determinadas contra servidores públicos vinculados à Secretaria da Saúde, diretores, tesoureiros e administradores de organizações sociais.

Segundo a PF, também estão sendo procurados empresários vinculados às empresas de fachada supostamente envolvidos no pagamento de propina a servidores públicos.

O montante dos recursos públicos federais desviados por meio das fraudes chega a R$ 18,34 milhões. A PF estima que o dano aos cofres públicos pode ser ainda maior.

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O rastreamento de contratos e pagamentos indica que a organização continuou agindo ainda em 2017, mesmo após a deflagração de diversas outras fases da Operação Sermão aos Peixes.

A PF deverá indiciar os investigados da Operação Pegadores, a nova etapa da Sermão aos Peixes, por peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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