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Justiça aceita denúncia da Operação Integração e coloca seis no banco dos réus por peculato e lavagem de dinheiro

Processo atinge ex-executivos da Econorte, advogado que trabalhou na concessionária e dois empresários suspeitos por desvios de R$ 516 mil em contratos rodoviários no Paraná

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Por Redação
Atualização:

A Justiça aceitou mais uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Integração e tornou réus três executivos da Econorte, um advogado que trabalhou na concessionária e dois empresários pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

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A decisão foi tomada pelo juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23.ª Vara Federal de Curitiba, na terça-feira, 17. Ele considerou que os elementos colhidos são suficientes para o recebimento das acusações.

"Há aparente prova da materialidade e indícios de autoria suficientes para caracterizar a justa causa necessária ao recebimento do denúncia", escreveu. "A denúncia foi acompanhada de cinquenta e três anexos, arquivos relacionados a elementos de informação colhidos na fase de investigação. Com efeito, em um juízo sumário sobre os elementos apresentados pelo MPF entendo que os elementos apresentados são suficientes para o recebimento da denúncia."

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Rodovia federal. Foto: Google Maps/Reprodução

A primeira fase da Operação Integração foi aberta em fevereiro de 2018 para investigar indícios de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos de concessão de rodovias federais no Paraná. Ao longo de dois anos, três concessionárias fizeram acordo de leniência (Rodonorte, Ecovia e Ecocataratas) e 21 agentes fecharam acordos de colaboração premiada.

A denúncia aceita nesta semana atinge o ex-diretor-presidente da Econorte, Helio Ogama, o ex-controller Hugo Ono, o ex-diretor financeiro e atual diretor de operações Daniel Victorino e o advogado João Marafon Júnior. Os dois primeiros fecharam acordos de colaboração com o Ministério Público Federal. Também foram denunciados Luiz Eduardo Ângelo, sócio da LL Systems, e Florinda Aparecida Ângelo, ex-sócia da mesma empresa.

De acordo com a Procuradoria, entre outubro de 2013 a abril de 2015, o grupo desviou R$ 516 mil através de contratos parcialmente falsos de prestação de serviços firmados entre a Econorte e a LL Systems. Além da condenação, o Ministério Público pede a restituição do dinheiro aos cofres públicos.

"A denúncia relata a geração de dinheiro em espécie, pela empresa LL Systems- Comunicação e Dados LTDA, em favor da concessionária Econorte, por meio de contratos parcialmente fictícios e emissão de notas falsas. Esse dinheiro em espécie tinha por finalidade o pagamento dos agentes públicos e políticos do Paraná, pela concessionária Econorte, para a manutenção dos contratos de concessão de pedágios", afirma o MPF.

COM A PALAVRA, OS CITADOS

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A reportagem busca contato com a defesa dos citados. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, A ECONORTE

Procurada pela reportagem, a Econorte informou que não vai se manifestar.

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