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Júri absolve mulher que matou ex-companheiro no 'Bar da Cris'

Genici de Lima esfaqueou Paulo Alves Filho após uma briga em um beco; defesa técnica alegou legítima defesa

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Por Pedro Prata
Atualização:

Genici Santos de Lima foi absolvida pelo júri popular de Águas Lindas de Goiás - 212 mil habitantes a 148 km de Goiânia -, de ter matado o ex-companheiro Paulo Afonso Alves Filho a facadas. O crime ocorreu no 'Bar da Cris' em 10 de março de 2016.

Júri reconheceu a materialidade e a autoria do crime, mas absolveu a mulher. Foto: TJ-GO/Divulgação

A defesa sustentou a tese de legítima defesa, requerendo a absolvição de Genici.

Também pediu diminuição de pena e afastamento da qualificadora.

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Em votação do júri popular, a materialidade do crime foi reconhecida, assim como a autoria, mas a ré foi absolvida.

O casal era conhecido por desentendimentos e ofensas em público, apurou a Promotoria. No dia do assassinato, Genici e Paulo tiveram uma briga em um beco.

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Na ocasião, Paulo deu um soco no rosto de Genici, que devolveu as agressões. Em seguida, Paulo foi até o bar e estava 'visivelmente drogado', escreveu a promotora de Justiça Lorena Mendes. "Estava cheirando substância entorpecente conhecida como 'Loló'".

Dois adolescentes foram até lá para 'prestar contas' com Paulo.

A dona do bar, Liliam Maria Oliveira de Sousa, viu que um deles estava armado com uma faca e mandou que eles fossem embora. Disse também para que 'não se metessem em briga de casal'.

Paulo, que estava escondido dentro do bar, saiu para a rua. Foi quando Genici apareceu e 'desferiu algumas facadas' na região do pulmão esquerdo da vítima.

"Cara, você fez isso comigo?", teria dito Paulo, segundo testemunhas. Ele foi socorrido, mas morreu no hospital.

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Genici foi encontrada pela Polícia na casa de uma amiga e confessou o crime.

Na denúncia, a Promotoria de Água Lindas de Goiás considerou que 'Paulo se encontrava totalmente indefeso e drogado' e pediu pela prisão preventiva de Genici, uma vez que ela teria ameaçado testemunhas.

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