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Julgamento da chapa Dilma-Temer foi 'papelão', diz procurador

Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato, defendeu, em São Paulo, 'uma Justiça eleitoral que funcione' e um fundo partidário 'mais limpo'

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Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Julia Affonso , Altamiro Silva Junior (Broadcast) e Marcelo Osakabe
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Carlos Fernando Lima. FOTO: FELIPE RAU/ESTADÃO Foto: Estadão

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Operação Lava Jato, classificou nesta terça-feira, 15, como 'papelão' o julgamento da chapa Dilma-Temer, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em junho deste ano, a Corte eleitoral rejeitou a cassação da chapa vitoriosa em 2014.

Carlos Fernando participou do Fórum Mitos & Fatos, da rádio Jovem Pan, em São Paulo.

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"Nós temos que ter uma Justiça eleitoral que funcione e não uma instituição que no final das contas nos remete ao, desculpe, papelão que foi o julgamento da chapa-Dilma-Temer. Depois disso tudo discutido e resolvido, nós podemos discutir efetivamente como financiar a política no Brasil", declarou.

A comissão especial da reforma política, na Câmara, aprovou, por 25 votos a 8, o texto apresentado pelo relator, deputado Vicente Cândido (PT-SP), que prevê, entre outras coisas, a criação de um fundo público de R$ 3,6 bilhões para financiamento de campanha.

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Para Carlos Fernando, 'não cabe' ter um fundo deste valor.

"Temos que discutir por que temos esse sistema e como torná-lo mais limpo, mais barato. Não cabe agora nós termos R$ 3,6 bilhões. Nós temos que mudar o sistema proporcional não para o distritão, mas para um sistema que aproxime o eleitor do seu escolhido, um sistema distrital ou distrital misto. Nós temos que diminuir o número de partidos efetivamente", afirmou.

"Eu creio que a questão de discutir a forma de financiamento político-eleitoral está mal colocada. A questão, na verdade, é por que eles precisam de R$ 3,6 bilhões? Simples, nosso sistema político eleitoral é caríssimo. Nossas eleições são caras, nosso sistema é de muito marketing e pouca substância. Muitos concorrentes e partidos e pouca gente vinculada a um programa político, ideológico, econômico que tenha alguma coerência. Se faz hoje política hoje no Brasil para conseguir dinheiro público, seja diretamente pelos fundos, seja por tempo da televisão que depois é vendido. Isso é um fato."

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