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Juiz vê 'gravidade dos fatos' ao barrar Cristiane em Ministério

Leia a decisão de Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ), que suspendeu a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB) ao Ministério do Trabalho e estabeleceu multa de R$ 500 mil a cada agente público que descumprir a decisão

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Por Felipe Frazão/BRASÍLIA
Atualização:

Roberto Jefferson (ao fundo) e a filha Cristiane Brasil. Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

BRASÍLIA - Ao suspender a nomeação e a cerimônia de posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como nova ministra do Trabalho do governo Michel Temer, o juiz federal Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ), chamou a atenção para a 'gravidade dos fatos' que pesam contra ela.

O juiz disse que a escolha da parlamentar por Michel Temer desrespeita a moralidade administrativa, porque ele já foi condenada pela Justiça trabalhista. Ele estabeleceu multa de R$ 500 mil a cada agente público que descumprir a decisão.

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"No caso concreto, conceder a liminar sem ouvir os réus encontra-se justificado diante da gravidade dos fatos sob análise. Em exame ainda que perfunctório, este magistrado vislumbra flagrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa, em seu artigo 37, caput, quando se pretende nomear para um cargo de tamanha magnitude, Ministro do Trabalho, pessoa que já teria sido condenada em reclamações trabalhistas, condenações estas com trânsito em julgado, segundo os veículos de mídia nacionais e conforme documentação que consta da inicial", escreveu Couceiro.

O magistrado acatou pedido de liminar em uma das seis ações populares protocoladas na Justiça Federal do Rio pelo grupo Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes. Duas delas foram indeferidas por juízas de Magé e da capital fluminense. Elas entenderam que não há ilegalidade na nomeação da parlamentar e disseram que impedir a posse seria uma ingerência do poder Judiciário no Executivo.

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