Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Juiz remarca interrogatório de Lula na Zelotes para 21 de junho

Ex-presidente e outros réus, que deverão ser ouvidos no mesmo dia, são alvo de ação penal por supostas negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo (sueco) Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627

PUBLICIDADE

Por Teo Cury/BRASÍLIA
Atualização:

Lula. Foto: REUTERS/Leonardo Benassatto

BRASÍLIA - O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal, de Brasília, remarcou para o dia 21 de junho, às 9h, o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu filho, Luiz Cláudio. A decisão foi proferida nessa terça-feira, 13. Réus na Operação Zelotes, o ex-presidente, o filho, e o casal de lobistas Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni, foram denunciados pelo Ministério Público Federal em dezembro de 2016.

+ Após encontro, Cármen não garante a Sepúlveda que irá pautar habeas corpus de Lula

PUBLICIDADE

Todos são acusados por 'negociações irregulares que levaram à compra de 36 caças do modelo (sueco) Gripen pelo governo brasileiro e à prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio da Medida Provisória 627'.

+ Em livro, Lula se diz pronto para ser preso

A Procuradoria da República afirma que os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015 quando Lula, já na condição de ex-presidente, 'integrou um esquema que vendia a promessa de que ele poderia interferir junto ao governo para beneficiar as empresas MMC, grupo Caoa e SAAB, clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia LTDA (M&M)'. Em troca, afirma a denúncia, Mauro e Cristina, donos da M&M, repassaram a Luis Cláudio pouco mais de R$ 2,5 milhões.

Publicidade

+ Gleisi pede que Senado defenda julgamento da prisão em 2ª instância

O interrogatório estava marcado, originalmente, para o dia 20 de fevereiro. A defesa do ex-presidente havia pedido adiamento da audiência, sob alegação de que interrogatórios não podem ser marcados até que testemunhas residentes fora do País sejam ouvidas.

Em 21 de novembro o Ministério da Justiça enviou autorização para agendar os depoimentos de testemunhas residentes no exterior. De acordo com o juiz, o processo está paralisado há quase quatro meses à espera do cumprimento das diligências no exterior.

"Devido a um pedido de diligências solicitadas pela autoridade da Suécia para se executar o pedido de oitiva das testemunhas e para se dar fiel cumprimento à decisão da 4ª Turma do TRF1 de se esperar quatro meses para somente assim se poder marcar a audiência de interrogatório dos acusados". A contar a partir de 20 de fevereiro.

O juiz deu ainda um prazo de cinco dias para que a defesa de Lula entregue a tradução dos documentos resultantes da diligência.

Publicidade

Na peça, Vallisney determinou ainda o desbloqueio de valor de R$ 8 milhões do casal Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, por decisão do desembargador do TRF-1 Olindo Menezes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.