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Juiz põe cúpula da Odebrecht e Andrade Gutierrez em presídio estadual

Marcelo Odebrecht e Otávio de Azevedo serão transferidos a partir deste sábado, a pedido da Polícia Federal em Curitiba, base da Lava Jato

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Por Redação
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Os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, respectivamente, foram presos na 14ª fase da Lava Jato. Foto: Reuters e Estadão

Por Julia Affonso, Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba e Fausto Macedo

O juiz federal Sérgio Moro autorizou a transferência de oito presos da Erga Omnes, 14.º capítulo da Operação Lava Jato, para o Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A partir deste sábado, 25, o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, executivos ligados à empreiteira, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, César Ramos Rocha, Márcio Faria da Silva e Rogério Santos de Araújo, e também o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, um ex-dirigente da companhia, Elton Negrão de Azevedo Junior e o empresário João Antônio Bernardi Filho poderão deixar a custódia da PF, onde estão recolhidos desde que foram capturados em 19 de junho.

 

 

Outros alvos da Lava Jato já estão presos no Complexo Médico-Penal de Pinhais. A remoção da cúpúla da Odebrecht e da Andrade Gutierrez foi solicitada pela Polícia Federal, que alegou falta de espaço para manter população carcerária numerosa.

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"De fato, a carceragem da Polícia Federal, apesar de suas relativas boas condições, não comporta, por seu espaço reduzido, a manutenção de número significativo de presos", afirmou Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato. "Por outro lado, a ala específica do Complexo Médico Penal disponibilizada pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná é local adequado para a acomodação dos presos no sistema prisional estadual, talvez até com melhores condições do que as da carceragem da Polícia Federal."

No Complexo Médico-Penal, eles ficarão separados dos presos comuns, 'o que é talvez salutar por motivos de segurança', segundo o magistrado.

"Reputo desnecessário ouvir previamente as defesas,pois rigorosamente não há um direito de ser recolhido à prisão no local de preferência do preso", afirmou Moro. "Apesar da transferência, o transporte dos presos deverá permanecer sendo realizado pela Polícia Federal, como disponibilizado pela autoridade policial."

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