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Juiz manda deputado estadual do PSL remover vídeo com montagens contra Felipe Neto

Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro, afirma que publicação feita por parlamentar mineiro cria 'factoide sem indicação de qualquer veracidade' com evidente 'ofensa à honra'

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Por Paulo Roberto Netto
Atualização:

O juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível do Rio de Janeiro, determinou que o deputado estadual Bruno Engler (PSL-MG) remova de seu perfil nas redes sociais uma montagem de vídeo envolvendo o youtuber Felipe Neto. De acordo com o magistrado, o vídeo cria 'factoide sem indicação de qualquer veracidade' com evidente 'ofensa à honra'.

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O magistrado destaca que, apesar de Felipe Neto ser uma pessoa pública e ser suscetível a críticas, incluindo ofensivas nas redes sociais, o caso em questão se trataria de uma 'montagem' com objetivo de dar a entender, de forma maliciosa, que o youtuber praticaria ou incentivaria a pedofilia, o que é crime.

O post do deputado foi feita no último dia 07, com link remetendo para a publicação original de Felipe Neto sobre o tempo de duração de uma relação sexual. No entanto, o vídeo divulgado pelo parlamentar conta com inserção de imagens do youtuber com crianças, que não consta no original.

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O youtuber Felipe Neto. Foto: Reprodução

"Assim, há evidência de ofensa à honra e ao nome do autor perante o seu público, criando-se um factoide sem indicação de qualquer veracidade, expondo o demandante a situação de reprovação, desconforto e perda de credibilidade, o que não deve ser tolerado", afirma o juiz Olinto Filho, que determina a remoção em até 24 horas da publicação feita pelo deputado estadual.

Mesma ordem de remoção foi determinada ao coordenador do movimento Endireita Minas, que divulgou o mesmo vídeo manipulado. As redes sociais Facebook e Twitter foram intimadas a remover o conteúdo.

COM A PALAVRA, O DEPUTADO ESTADUAL BRUNO ENGLER A reportagem entrou em contato, por e-mail, com o gabinete do deputado estadual Bruno Engler e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações (paulo.netto@estadao.com).

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