O juiz eleitoral Afonso Celso da Silva suspendeu, nesta quarta-feira, 12, pesquisa eleitoral que seria divulgada no jornal Estação, de Guarulhos, sobre a avaliação da gestão do ex-prefeito João Doria (PSDB) na Prefeitura de São Paulo.
A ação contra a pesquisa foi movida pelos advogados Flávio Pereira e Tony Chalita, que defendem a campanha do tucano.
Ao Tribunal Regional Eleitoral, eles apontaram que o próprio jornal Estação afirmou ter encomendado a pesquisa. No entanto, o estudo aparece como tendo sido pago pelo próprio instituto que o faria, o Govnet, apontam os defensores da campanha de Doria.
"Confessado está o crime, a falsidade ideológica da Govnet e, evidentemente, a necessidade de se perquirir a origem dos recursos que pagaram esta pesquisa", afirmam os advogados.
COM A PALAVRA, ESTAÇÃO
A reportagem entrou em contato com o jornal. O espaço está aberto para manifestação.
COM A PALAVRA, NILTON CESAR TRISTÃO, CIENTISTA POLÍTICO RESPONSÁVEL PELO INSTITUTO
"Essa pesquisa foi registrada onde houve uma representação do PSDB para que não fosse publicada. Nós fizemos a defesa. Houve manifestação no MP no sentido de que deveria ser divulgada. Eu acho que novamente a defesa deles fez alguns arrazoados e houve nessa semana a decisão do relator no sentido de considerar que a pesquisa deveria ser publicada.
Hoje, entraram com pedido de efeito suspensivo solicitando que, como havia sido decisão monocrática, que fosse remetido ao plenário.
No fundo, não é que houve decisão no sentido de proibir. Foi uma liminar que aguarda manifestação do plenário para confirmar ou não a decisão do desembargador relator.
Eu já tive essa conversa com eles do jornal. Essa pesquisa foi feita em parceria. Nós bancamos a realização e o jornal faria a publicação. Em algum momento, o jornalista escreveu que a pesquisa havia sido contratada. Eu conversei como o Luciano, dono do jornal, e disse que ele tem que fazer uma errata.