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Juiz da Lava Jato enviou a Raquel dia 12, às 19h04, 'amigo do amigo do meu pai'

Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, mandou intimar Procuradoria-Geral da República sobre e-mails de Marcelo Odebrecht que citam Dias Toffoli

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Por Ricardo Brandt , Luiz Vassallo , Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:
 

O juiz da Operação Lava Jato Luiz Antonio Bonat enviou à procuradora-geral, Raquel Dodge, sobre os e-mails de Marcelo Odebrecht que citam o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, como 'amigo do amigo do meu pai', na última sexta-feira, 12.  Nesta terça, 16, o magistrado mandou levantar o sigilo da decisão que encaminhou os autos à Procuradoria-Geral da República.

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DECISÃO 1

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Documento

DECISÃO 2

O empresário Marcelo Odebrecht encaminhou à Polícia Federal explicações sobre codinomes citados em e-mails apreendidos em seu computador em que afirma que o apelido "amigo do amigo do meu pai" refere-se ao ministro do Supremo.

A explicação do empreiteiro se refere a um e-mail de 13 de julho de 2007, quando o ministro ocupava o cargo de Advogado-Geral da União (AGU) no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Na sexta, 12, o juiz decidiu. "Intime-se a DPF para que remeta a mensagem 'a.' do item (i) (enviada em 13 de julho de 2007), bem como outras mensagens que eventualmente façam referência a agentes com foro privilegiado, para a Procuradoria Geral da República e, em seguida, junte novamente a petição de Marcelo Bahia Odebrecht, omitidas as mensagens encaminhadas para a PGR".

VEJA O DOCUMENTO QUE CITA TOFFOLI

Nesta segunda, 15, uma matéria da revista Crusoé sobre o tema foi excluída após determinação do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de inquérito aberto sob o pretexto de investigar 'fake news' contra o Supremo. Na decisão, o ministro justificou que esclarecimentos da Procuradoria-Geral davam conta de que Raquel não foi informada sobre o e-mail que cita Toffoli.

 

Na sexta, 12, horas antes de Bonat despachar para a PGR o expediente relativo ao depoimento de Odebrecht, Raquel Dodge divulgou nota em que afirmava não ter sido comunicada.

Nesta terça, 16, o juiz da Lava Jato mandou levantar o sigilo da decisão que mandou os autos para a PGR. "Levante-se o sigilo da referida decisão, mantendo-o no mesmo nível do processo, eis que não há justificativa para que a decisão permaneça em sigilo superior, bem como para permitir acesso pela Defesas cadastradas e afastar possíveis interpretações equivocadas a respeito do seu conteúdo. Ciência ao MPF e à autoridade policial"

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