Julia Affonso
18 de setembro de 2018 | 05h12
Foto: Reprodução
O juiz Fernando Bardelli da Silva Fischer, da 13ª Vara Criminal do Paraná, determinou a abertura de conta judicial para que seja feito o depósito de quase R$ 1 milhão por parte de empresário que admitiu ter feito pagamentos ao irmão do ex-governador Beto Richa (PSDB) e ao delator Tony Garcia em supostos esquemas de corrupção apurados na Operação Radiopatrulha, que mira o ex-governador do Paraná, Beto Richa.
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Frare é um dos investigados por fraudes no Programa Patrulha do Campo, para manutenção de estradas rurais, entre 2012 e 2014. Segundo o inquérito, há indícios de direcionamento de licitação para beneficiar empresários e pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
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O empresário aparece em um vídeo entregue pelo empresário Antônio Celso Garcia, o Tony Garcia, delator da Radiopatrulha. As imagens mostram repasse de dinheiro vivo efetuado por empresários ao ‘núcleo político’ da organização, da qual Richa seria o chefe, segundo os promotores do Gaeco.
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Ele informou à Justiça que quer entregar um cheque de R$ 971 mil com valor corrigido do montante que teria sido pago a Pepe Richa, irmão do tucano, e ao empresário Tony Garcia.
Em resposta ao pedido, o juiz determinou: “Defiro a abertura de conta judicial a fim de depositar o valor do cheque emitido pelo investigado Celso Antônio Frare, requerida por sua defesa”.
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