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JF acerta acordo de leniência com procuradores

Espécie de delação premiada para pessoas jurídicas, pacto permite a empresas envolvidas em corrupção abrandem punições em troca da confissão de delitos

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Por Fabio Fabrini e de Brasília
Atualização:

Joesley Batista, da JBS Friboi. Foto: Paulo Giandalia/Estadão

Procuradores da República estão em São Paulo negociando nesta quinta-feira, 18, um acordo de leniência com representantes da holding J&F, que controla a JBS. Espécie de delação premiada para pessoas jurídicas, esse tipo de acerto permite que empresas envolvidas em corrupção abrandem punições, em troca de confessar ilícitos, restituir integralmente danos ao erário e colaborar com investigações.

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A leniência foi negociada paralelamente à delação de Joesley Batista. É a saída para preservar a saúde financeira da J&F. Conforme fonte do grupo empresarial, ouvida pelo Estado, os investigadores acertam os últimos detalhes do acordo com integrantes da holding.

O valor a ser pago e os benefícios obtidos pelas empresas devem ser anunciados até esta sexta-feira, 19.

A Lei Anticorrupção, aprovada em 2013, autoriza, em caso de leniência, abatimento de até dois terços no valor das multas, que podem ser de até 20% do faturamento bruto da empresa implicada. Permite também que a pessoa jurídica envolvida continue participando de licitações do poder público e recebendo dinheiro de bancos públicos.

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