Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Itapevi afasta três médicos por fraude no auxílio-doença e rombo de R$ 2 mi na previdência

Investigação de comissão do município da Grande São Paulo concluiu que oito servidores praticaram irregularidades contra o ItapeviPrev

PUBLICIDADE

Por
Atualização:

Reprodução/Google Street View Foto: Estadão

A prefeitura de Itapevi, na Grande São Paulo, afastou oito profissionais da área da saúde por um esquema de fraude na liberação de auxílios-doença para servidores municipais. De acordo com a comissão instaurada para investigar o caso, as irregularidades consumiram aproximadamente R$ 2 milhões do fundo de previdência da cidade, o ItapeviPrev.

PUBLICIDADE

Os trabalhos da Comissão Permanente de Sindicâncias e Processos Administrativos Disciplinares resultaram na abertura de 12 processos e na exoneração de três médicos, um enfermeiro, um professor, um monitor e dois guardas civis municipais.

As investigações foram aberta em outubro de 2017 e terminaram no início deste ano. O processo está sendo finalizado para ser encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Dentre as fraudes constatadas houve o caso de um funcionário afastado por anos com base em documentos que alegavam 'alienação mental'. No entanto, o servidor, concursado em Itapevi, exercia cargo em secretaria de outra cidade da Grande São Paulo.

Em outro caso, uma profissional da saúde apresentou laudos atestando cardiopatia e problemas de ortopedia e psiquiatria. Novas perícias foram feitas e concluíram que a mulher não apresentava os diagnósticos alegados, de acordo com a diretora do ItapeviPrev Edna Aparecida.

Publicidade

Um terceiro servidor, que passou a receber o auxílio-doença após ser afastado por "fobia", executava atividades em clínica particular na cidade de Osasco.

Em 2017, o ItapeviPrev deixou de ser autarquia e passou a ser um fundo de previdência ligado diretamente à gestão municipal. Isso permitiu que a Comissão Permanente pudesse realizar a investigação sobre as fraudes.

"Onde houver indícios de fraudes, vamos investigar e, se constatados, os envolvidos serão penalizados com o rigor da lei", afirma o prefeito Igor Soares (PODE).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.