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Inquérito Siemens deverá mudar de mãos se Supremo devolver a São Paulo

procurador Rodrigo de Grandis, que já cuida do caso Alstom, pode assumir investigação

Por Mateus Coutinho
Atualização:

por Fausto Macedo

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O inquérito sobre o cartel dos trens deverá mudar de mãos se retornar a São Paulo, parcial ou integralmente.

O procurador da República Rodrigo de Grandis, que atua perante a 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, já cuida do caso Alstom - investigação sobre cartel na área de energia - e poderá assumir a investigação também do caso Siemens.

Três procuradores da República atuam perante a 6.ª Vara Criminal Federal - além de Rodrigo de Grandis, Silvio Luís Martins de Oliveira e Andrey Mendonça.

A 6.ª Vara Criminal Federal cuida exclusivamente de ações sobre crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

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O caso Siemens é acompanhado pela procuradora Karen Louise Kahn desde o início. Ela foi designada para o caso. Todas as investigações da Polícia Federal, inclusive depoimentos, foram acompanhados por Karen. Ela se manifestou contra a remessa dos autos para o Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que a medida é prematura.

Karen avalia que a citação aos nomes de políticos detentores de foro privilegiado - como consta do depoimento do engenheiro Everton Rheinheimer, ex-diretor da multinacional alemã - não basta para justificar a transferência do inquérito para a Corte máxima.

Desde segunda feira, 9, o inquérito Siemens está no Supremo. A ministra Rosa Weber vai decidir o destino da investigação.

O STF poderá ficar com o caso em sua totalidade. Mas poderá devolver a investigação a São Paulo se entender que não há indícios que justifiquem investigação contra parlamentares mencionados no caso.

O Supremo também pode desmembrar o inquérito, ou seja, fica com a responsabilidade sobre a parte que cita autoridades com foro especial e devolve a São Paulo o trecho da investigação sobre empresários e diretores de estatais que respondem perante a Justiça de primeiro grau.

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Caso seja devolvido a São Paulo o inquérito deverá sair do gabinete da procuradora Karen porque sua atuação ocorre perante a 2.ª Vara Criminal Federal, também especializada em ações sobre crimes financeiros e lavagem de dinheiro  - o inquérito Siemens está afeto à 6.ª Vara.

 

 

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