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Indicado por Bolsonaro ao STF, ministro Nunes Marques diz que debate sobre voto impresso é 'preocupação legítima do povo brasileiro'

Por Weslley Galzo/BRASÍLIA
Atualização:
Indicado por Bolsonaro, Nunes Marques suspendeu julgamento do TSE que cassou deputado bolsonarista. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa do debate sobre a aprovação do voto impresso. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, principal defensor da impressão de cédulas de papel como mecanismo adicional de auditagem, Nunes Marques disse que a discussão "se insere no contexto nacional como uma preocupação legítima do povo brasileiro". A declaração foi feita em resposta à nota conjunta emitida nesta segunda-feira, 2, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Barroso, e 15 ex-presidentes da instituição em defesa do sistema eleitoral brasileiro.

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Na nota divulgada nesta segunda-feira, 2, os ministros destacam que o documento reflete a preocupação dos representantes da Justiça Eleitoral "de ontem, de hoje e do futuro". O texto é assinado pelo vice-presidente do TSE, Edson Fachin, e pelo ministro Alexandre de Moraes, que presidirá a instituição na reta final das eleições do ano que vem. Kassio Nunes diz no texto, em resposta à nota dos ex-presidentes do tribunal, que não tem passagem pela Corte eleitoral. No entanto, inevitavelmente, ele assumirá a presidência do tribunal.

"O Ministro Nunes Marques não foi consultado previamente em nenhum momento a fim de que pudesse concordar, ou não, com o teor da nota publicada pelo TSE, esclarecendo, por oportuno, que não compõe e ainda não chegou a compor essa Corte Superior", diz a nota divulgada por Nunes Marques. "O Ministro considera legítimo o posicionamento externado pelos demais Ministros que compõem ou compuseram o TSE, na medida em que, imbuídos de elevada preocupação para a construção da democracia em nosso país, têm buscado o aperfeiçoamento do sistema eleitoral", completou.

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