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Impacto da pandemia na relação entre startups e grandes empresas

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Por Leonardo Carvalho
Atualização:
Leonardo Carvalho. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Até o início de 2020, muitas organizações tradicionais, que já contavam com um modelo de negócios consolidado, se encontravam em uma certa zona de conforto, e não enxergavam os investimentos em inovação como uma prioridade. Então, veio a pandemia, seguida pelas medidas de isolamento e a crise econômica. Assim, a adaptação à nova realidade se tornou obrigatória para a sobrevivência.

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Na maioria dos casos, essa transformação está relacionada ao uso de novas tecnologias. Uma pesquisa do Índice CESAR de Transformação Digital (ICTd), divulgada em 2020, mostrou que 23,7% dos empresários brasileiros passaram a considerar a transformação digital como prioridade máxima no planejamento estratégico. O salto de 7,3% em relação ao ano anterior comprova que esse movimento já era uma tendência, mas que foi acelerada pela pandemia.

Quando se fala em inovação, é impossível não mencionar as startups. Os empreendimentos, com modelos de negócios escaláveis e que visam atender demandas específicas, exercem um papel importante nesse cenário, pois são os que estão mais atentos às constantes transformações nas necessidades da sociedade e, consequentemente, do mercado.

Apesar de as startups terem a seu favor a habilidade de se adaptar mais rapidamente às mudanças de cenário, as empresas tradicionais ainda ocupam lugar de destaque na economia de modo geral. Portanto, a melhor alternativa para ambos os tipos de negócio é a convergência.

Na maioria das vezes, essa relação se concretiza por meio de parcerias e programas de aceleração. As grandes corporações conseguem enxergar nas startups a capacidade de solução de um problema especifico de uma forma ágil e de rápida aplicação. Isso permite que consigam seguir o dinamismo do mercado atuando em situações específicas e pontuais através de parcerias, deixando o core do negócio sempre dentro de casa.

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Além disso, também é importante destacar a forma com que a mentalidade das startups tem sido incorporada nas grandes organizações. Cada vez mais, os gestores adotam a redução da burocracia, o foco em resultados e o incentivo à inovação como elementos da cultura organizacional em suas empresas. '

Esse movimento tem sido observado em todas as áreas, com destaque para varejo, financeiro, educação e saúde. Segundo o estudo HealthTech Report 2020, realizado pela consultoria Distrito, o número de startups que atuam na área da saúde cresceu 118% no Brasil entre 2018 e 2020. Número que indica a receptividade do mercado em relação a esse tipo de empreendimento. Para as grandes empresas, isso significa uma oportunidade. Afinal, na hora de atravessar momentos como o que vivemos atualmente, de instabilidade e turbulência, toda ajuda é bem-vinda. E ter as startups como aliadas pode ser decisivo.

*Leonardo Carvalho, coordenador das MBA's em Gestão de Negócios e Gestão de Projetos no Centro Universitário Newton Paiva

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