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Ignatus investiga ex-governador espanhol por desvio de recursos

Investigação aponta que o político teria utilizado verba pública 'para fins particulares através de concessão de obras públicas a empresas que participariam do esquema, com prejuízos aos cofres de Madri estimados em 21 milhões de euros'

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Julia Affonso , Luiz Vassallo e Fabio Serapião
Atualização:

Polícia Federal. Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/

A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal e em cooperação internacional com autoridades espanholas, deflagrou nesta terça-feira, 13, a Operação Ignatus para cumprir 9 mandados de busca e apreensão e 2 de condução coercitiva no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.

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Em nota, a Federal informou que há uma investigação em curso no Juízo de Instrução de Madri, que aponta para a existência de uma organização criminosa encabeçada pelo ex-presidente da Comunidade Autônoma de Madri. Segundo a PF, o cargo é equivalente ao de Governador no Brasil, responsável pela administração no período de setembro de 2012 a junho de 2015.

"Foi apurado que o político teria utilizado recursos públicos para fins particulares através de concessão de obras públicas a empresas que participariam do esquema, com prejuízos aos cofres de Madri estimados em 21 milhões de euros. Além disso, um grupo empresarial espanhol, com predominância de capital público e que tem por atividade a exploração do ciclo completo da água, adquiriu uma empresa brasileira com preço superfaturado", afirma a nota da PF.

Quarenta policiais federais cumprem as ordens expedidas pelo Juízo da 9ª Vara Federal Criminal na capital fluminense e em um escritório de advocacia em Nova Lima/MG.

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Os dois conduzidos de forma coercitiva, que são ex-controladores da empresa brasileira adquirida, serão ouvidos ainda hoje pelo Juízo da 9ª Vara Federal Criminal.

O nome da operação é uma referência à origem grega do nome do principal investigado, o ex-Presidente da Comunidade Autônoma de Madri.

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