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Hidra de Lerna tem origem em três delações

Operação da Polícia Federal, cujo alvo maior é o governador da Bahia, Rui Costa (PT), foi deflagrada nesta terça, 4, com autorização da ministra Maria Tereza de Assis Moura, do STJ

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Por Fabio Fabrini e de Brasília
Atualização:

Rui Costa. Foto: Reprodução/Facebook

A Operação Hidra de Lerna, que tem como alvo maior o governador da Bahia Rui Costa (PT), além do próprio partido e dois ex-ministros petistas, nasceu das revelações de três delatores da Operação Acrônimo - outra investigação que aponta para corrupção envolvendo o governador de Minas, Fernando Pimentel, também petista.

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Em uma das delações, a dona da agência de propaganda Pepper, Daniele Fonteles, contou ter recebido da empreiteira OAS, via caixa 2, por serviços prestados à campanha de Rui Costa em 2014.

Nesta terça, 4, a PF fez buscas na sede do PT baiano e em endereços da empreiteira.

A PF pediu ao STJ autorização para realizar buscas no gabinete do governador Rui Costa, mas o Ministério Público Federal se manifestou contra essa investida.

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Mário Negrmonte. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

Em outra frente, a operação mira suposto esquema do PP no Ministério das Cidades. Em sua colaboração, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, afirmou ter recebido R$ 1 milhão da Propeg em 2010. O dinheiro teria sido repassado para o PP dos ex-ministros Mário Negromonte e Márcio Fortes, como 'compensação por contrato de publicidade obtido pela agência'.

Em outra colaboração, uma funcionária de Bené, no entanto, disse que o valor pago pela Propeg foi ainda maior.

A operação busca provas sobre o real montante transferido ao empresário.

Também apontado como operador do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), em esquemas de corrupção, Bené atuaria como um 'captador' de negócios para a agência Propeg.

COM A PALAVRA, O GOVERNO DA BAHIA:

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O governo Rui Costa declarou que não tem informações sobre a Operação Hidra de Lerna

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DAS CIDADES: O Ministério das Cidades informa que não recebeu nenhuma notificação sobre operação da Polícia Federal envolvendo recursos da Pasta, na manhã desta terça-feira (4).

Em poder das informações, a Pasta terá condições de avaliar do que se trata e capacidade de instaurar, imediatamente, Processos Administrativos Disciplinares para investigar a denúncia.

O Ministério das Cidades ressalta a disponibilidade em colaborar com todas as informações necessárias para garantir eficiência e transparência na aplicação dos recursos citados.

COM A PALAVRA, A PROPEG

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Na manhã desta terça-feira, 4 de outubro, a Polícia Federal realizou buscas nos escritórios da Propeg em Salvador e Brasília e nas residências de executivos da empresa. Na ocasião, prestou-se todo o apoio à ação.

A Propeg tem auxiliado, por iniciativa própria, desde junho deste ano, as autoridades judiciais para esclarecer e apurar os fatos investigados. A agência antecipou-se e forneceu diversas informações, bem como prestou depoimentos espontâneos.

No que tange à agência, os fatos em apuração não possuem qualquer conexão com o Partido dos Trabalhadores, o Governador do Estado da Bahia e com a empresa OAS.

Com 50 anos de atuação, a Propeg age com correção, respeito às leis e seguindo as normas do mercado publicitário.

Propeg Comunicação

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