Luiz Fernando Teixeira
06 de abril de 2018 | 17h40
Estudo da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV/DAPP) constatou que a votação do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF), que se arrastou por onze horas, foi citado em 708,6 mil menções no Twitter entre a 0h de quarta-feira, 4 e 0h de quinta, 5, antes do fim da sessão do plenário.
O maior pico de menções, que somou uma média de 1.038 tuítes por minuto, foi registrado entre as 19h e as 20h, quando a ministra Rosa Weber, a incógnita do julgamento, dava seu voto.
O julgamento levantou diversas pautas na rede social, como intervenção militar na política e a autonomia do Judiciário.
De acordo com o estudo, os grupos pró e contra Lula usam ‘referências comuns’ para respaldar seus posicionamentos, como o apelo à ‘defesa da democracia’.
Além disso, a declaração do general Eduardo Villas Bôas de que o Exército ‘julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição‘ – um dia antes do julgamento do habeas de Lula -, fez multiplicar as discussões sobre segurança pública e intervenção associadas aos presidenciáveis, especialmente o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente Michel Temer (MDB).
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