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Gutierrez vê na Lava Jato chance para 'mudanças culturais' no País

Na carta em que pede desculpas e 'um Brasil melhor', empreiteira alvo da maior operação já realizada contra a corrupção prega contra 'desperdício de dinheiro público e a impunidade'; Leia a integra do manifesto

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Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo e Julia Affonso
Atualização:

 Foto: Reprodução

Na carta que divulgou nesta segunda-feira, 9, nos principais jornais do País, a empreiteira Andrade Gutierrez rendeu-se à Operação Lava Jato - maior investigação já realizada no País contra a corrupção que pegou um grupo de gigantes da construção, inclusive ela própria.

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"Acreditamos que a Operação Lava Jato poderá servir como um catalisador para profundas mudanças culturais, que transformem o modo de fazer negócios no país", diz a empresa, que acaba de fechar acordo de leniência com o Ministério Público Federal por meio do qual se compromete a pagar indenização de R$ 1 bilhão ao Tesouro.

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"Esperamos que esse manifesto contribua para um grande debate nacional acerca da construção deste Brasil melhor, ajudando na eliminação de alguns de seus piores defeitos, como o desperdício de dinheiro público e a impunidade, entre muitos outros."

A Andrade Gutierrez é a segunda maior do País, atrás da Odebrecht. A multa de R$ 1 bilhão é a maior a ser aplicada a uma empreiteira investigada pela Lava Jato até agora.

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O valor da indenização a ser paga pela Andrade Gutierrez - R$ 1 bilhão - supera o estipulado há três meses a outra empreiteira investigada pela Lava Jato. Ao assinar acordo de leniência, a Camargo Corrêa concordou em pagar R$ 700 milhões de multa pelo envolvimento no esquema de cartel e pagamento de propinas na Petrobrás. A empreiteira, que teve executivos presos pela Lava Jato em novembro do ano passado, também firmou acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), após prestar informações sobre o cartel que atuou em Angra 3, pelo qual pagou outros R$ 100 milhões.

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