Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Greve dos caminhoneiros faz Moro suspender audiência do sítio de Atibaia

Juiz da Lava Jato determinou que sejam remarcadas audiências da segunda-feira, 28, em razão do 'expediente cancelado' da Justiça Federal devido à paralisação da categoria

PUBLICIDADE

Foto do author Luiz Vassallo
Foto do author Julia Affonso
Por Luiz Vassallo , Julia Affonso e Ricardo Brandt
Atualização:

Sérgio Moro. Foto: Reprodução

Em meio à greve dos caminhoneiros, o juiz federal Sérgio Moro suspendeu audiências na ação penal em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu envolvendo as reformas no Sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O magistrado afirmou que há depoimentos marcados para dia 28 de maio, pela manhã e pela tarde, data em que foi cancelado o expediente da Justiça Federal de Curitiba.

PUBLICIDADE

Em despacho, o magistrado afirmou que 'há uma pauta de reivindicação legítima da respeitável categoria e que deve ser avaliada pelas autoridades competentes'.

"No entanto, o prolongamento excessivo da paralisação e que inclui o questionável bloqueio de rodovias tem gerado sérios problemas para a população em geral, com prejuízos principalmente para o abastecimento de alimentos e de combustíveis nas cidades", escreveu.

O magistrado destaca que o 'deslocamento entre as cidades e mesmo dentro delas tem sido prejudicado, com afetação dos serviços públicos e inclusive de prestação de Justiça'.

Publicidade

"Na presente data, o expediente na Justiça Federal de Curitiba foi cancelado, muito embora seja intenso o trabalho interno dos servidores", anotou.

"Espera-se que prevaleça o bom senso dos envolvidos, com a normalização da situação e antes que ocorram episódios de violência, mas considerando a incerteza em relação aos próximos dias, é o caso de, por prudência, suspender as audiências do dia 28/05/2018 e, oportunamente, redesigná-las", concluiu.

O caso envolvendo o sítio resultou na terceira ação contra Lula na Lava Jato. Segundo a acusação, Odebrecht, OAS e Schahin, por meio do pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras no sítio em troca de contratos com a Petrobrás. O imóvel foi comprado no fim de 2010, quando Lula deixava a Presidência, pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. O ex-presidente nega ter recebido vantagens indevidas das empreiteiras.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.