O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal analise o vídeo de um servidor do Senado transportando documentos da CPI dos Correios para a Coordenação do Arquivo da Casa no mesmo dia em que o STF abriu uma investigação contra o senador Aécio Neves (PSDB/MG), em 3 de maio deste ano, por suspeita de atuar para maquiar os dados do Banco Rural encaminhados à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios em 2005.
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A ORDEM DO MINISTROSegundo o ex-senador e ex-presidente da CPI Delcídio Amaral, os dados do Banco Rural poderiam implicar em irregularidades o senador e outros nomes do PSDB, e por isso teriam sido adulterados a pedido de Aécio.
Além disso, o ministro do STF, responsável pelas investigações contra o presidente do PSDB decorrentes da Lava Jato na Corte, determinou que a Polícia Federal tome os depoimentos de todos os responsáveis por encaminhar os documentos do Banco Rural à comissão em 2005 e também que interrogue todos os investigados no inquérito.
Gilmar Mendes acatou ainda os pedidos da Procuradoria-Geral da República para ter acesso a todos os dados da CPI dos Correios, a inclusão de Delcídio como investigado, além de todos os dados do Banco Rural - supostamente utilizado para movimentar dinheiro por meio de empréstimos fraudulentos no esquema do mensalão.
COM A PALAVRA, A ASSESSORIA DE AÉCIO NEVES:
"O senador Aécio Neves considera adequada a decisão do ministro Gilmar Mendes referente à CPI dos Correios, pois contribui para garantir transparência ao processo.
A solicitação do senador Aécio Neves ao Senado seguiu estritamente a legislação vigente, que permite a qualquer cidadão pedir ao Congresso pesquisa de documentos, o que foi feito pelo setor competente, como atesta documento oficial do Senado (em anexo)."