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Gilmar atende a pedido da PGR e arquiva inquérito de Aécio Neves sobre CPMI dos Correios

O inquérito foi instaurado com base na delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (PTC-MS)

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Por Rafael Moraes Moura e Fausto Macedo
Atualização:

Ministro Gilmar Mendes. Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

BRASÍLIA - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e decidiu arquivar um inquérito aberto para investigar suposta "maquiagem" de informações prestadas pelo Banco Rural à CPMI dos Correios. O inquérito foi instaurado com base na delação premiada do ex-senador Delcídio Amaral (PTC-MS).

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O inquérito foi aberto para apurar se Aécio e outros políticos teriam praticado crime durante os trabalhos da CPMI dos Correios e se teria havido conivência do então presidente da Comissão, o então senador Delcídio Amaral, de modo a beneficiar Aécio Neves e Clésio de Andrade, governador e vice-governador de Minas, respectivamente, à época.

Segundo Delcídio, o Banco Rural "operaria relações financeiras ilícitas entre Marcos Valério e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais". Aécio e Clésio, segundo Delcídio, temiam que tais informações fossem repassadas para a CPMI dos Correios.

Delcídio afirmou, ainda, que, durante a CPMJ dos Correios, "foi procurado por Eduardo Paes, então secretário-geral do PSDB, que, na condição de emissário de Aécio Neves, solicitou-lhe a prorrogação do prazo concedido ao Banco Rural para que este modificasse as informações bancárias encaminhadas à CPMI de modo a impedir a vinculação de empréstimos fraudulentos realizados pelas empresas de Marcos Valério".

Ao arquivar o inquérito, a procuradora-geral enfatizou "ausência de justa causa para ação penal e inexistência de outras diligências úteis".

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A íntegra da decisão de Gilmar Mendes não havia sido divulgada até a publicação deste texto.

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