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Gestora da prisão do massacre de Manaus fez doações para ex-deputado réu por tráfico

Informação divulgada pelo site O Antagonista nesta quinta-feira, 5, aponta que Carlos Souza (PSD) foi beneficiário de auxílio em dinheiro do grupo Umanizzari, que administra o Complexo Anísio Jobim, onde 56 presos foram mortos no primeiro dia do ano

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Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Ex-deputado Carlos Souza. Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

O Grupo Umanizzare e seus sócios injetaram cerca de R$ 800 mil na campanha de reeleição de Carlos Souza, ex-deputado federal pelo PSD que é réu por tráfico de drogas. A informação foi revelada pelo site O Antagonista, nesta quinta-feira, 5.

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A Umanizzare é a gestora do Complexo Anísio Jobim, em Manaus, onde 56 presos conheceram o inferno no primeiro domingo do ano - todos mortos, dilacerados e decapitados.

Os recursos foram doados pelas empresas Auxílio Agenciamento e da LCJ Participações, e pelos sócios Lelio Vieira Carneiro e seus filhos Frederico Carneiro e Lelio Carneiro Jr, além de Regina Celi - os dois últimos donos da Umanizzare, informou O Antagonista.

A investigação contra Carlos Souza começou em 2009, quando ele exercia o cargo de vice-prefeito de Manaus (governo Amazonino Mendes). Ele chegou a ser preso, mas foi colocado em liberdade oito dias depois.

Como Carlos Souza, na ocasião, detinha foro privilegiado, o processo foi deslocado para a competência do Supremo Tribunal Federal em 2011. Os autos retornaram à primeira instância da Justiça do Amazonas em 2015 porque o político não conseguiu ser reeleito em 2014.

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A remessa dos autos que citam o ex-deputado para a 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes da Comarca de Manaus ocorreu em 8 de abril de 2015.

Hoje ele preside a Junta Comercial do Amazonas.

COM A PALAVRA, O EX-DFEPUTADO CARLOS SOUZA

A reportagem tentou contato com o ex-deputado Carlos Souza, por telefone e por email, mas não houve retorno. O espaço está aberto para Carlos Souza.

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COM A PALAVRA, A UMANIZZARE

A empresa Umanizzare não retornou email da reportagem. O espaço está aberto para a Umanizzare.

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