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Gabriela Hardt prorroga por 5 dias prisão de sobrinhos de Walter Faria

Dono do Grupo Petropolis, no entanto, permanece foragido; ele é alvo de decreto de prisão preventiva, sob suspeita de lavar R$ 329 milhões à Odebrecht

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Gabriela Hardt. Foto: Reprodução/Ajufe

A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias dos sobrinhos do dono do Grupo Petropolis, Walter Faria, e de um advogado ligado a ele. O empresário, que é alvo de preventiva - cárcere por tempo indeterminado -, permanece foragido. Ele é alvo da Operação Rock City, Lava Jato 62, suspeito de lavar R$ 329 milhões para a Odebrecht.

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Foram prorrogadas até dia 6 as prisões de Vanuê e Cleber Faria, Maria Elena de Sousa, e também de Silvio Pelegrini.

Segundo a juíza, 'o prazo inicial fixado para término das prisões cumpridas em 31/07/2019 se dará em final de semana (próximo domingo)'. "Ocorre que, tal como ressaltado pelo MPF, apenas três dos investigados foram presos em tal data, alterando o quadro inicialmente previsto. Dois investigados seguem foragidos".

"Nesse contexto, inclusive de contradições e omissões preliminarmente aventadas pelo MPF, e atendidos os requisitos do artigo 1.º, I e III, Lei n.º 7.960/1989, prorrogo a prisão temporária de Vanuê Faria, Silvio Antunes Pelegrini e Maria Elena de Sousa por mais cinco dias, a começar por hoje (02/08/2019), com data final máxima em 06/08/2019, sem prejuízo de que o MPF expressamente se manifeste antecipadamente sobre a prescindibilidade de manutenção da cautelar até tal data, caso esgotada a sua necessidade", escreve.

Operação Rock City

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Apontado pelos investigadores como 'grande operador de propina' do esquema Odebrecht instalado na Petrobrás, Walter Faria também está com os bens bloqueados no valor de até R$ 1,3 bilhão - montante que ele próprio admitiu manter no exterior.

A Operação 'Rock City' investiga rede de propinas da Odebrecht por meio de doações eleitorais do Grupo Petrópolis.

A investigação revela que R$ 329 milhões, entre 2006 e 2014, foram lavados pela Petrópolis no interesse da Odebrecht

Walter Faria, controlador do grupo, usou ainda conta na Suíça para intermediar o repasse de mais de US$ 3 milhões de propina relacionadas aos contratos dos navios-sonda Petrobrás 10.000 e Vitória 10.000

Segundo a investigação, por meio das empresas Praiamar e Leyroz Caxias, o Grupo Petrópolis foi utilizado pela Odebrecht para realizar, entre 2008 e 2014, 'pagamentos de propina travestida de doações eleitorais, no montante de R$ 121.581.164,36'.

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A força-tarefa da Lava Jato revela que Walter Faria, em conjunto com outros cinco executivos do Grupo Petrópolis, 'atuou em larga escala na lavagem de centenas de milhões de reais em contas fora do Brasil e desempenhou substancial papel como grande operador de propina'.

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