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Funaro fecha termos de acordo de delação com Procuradoria

Operador ainda irá assinar o acordo, mas condições já estão fechadas

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Por Beatriz Bulla
Atualização:

Lucio Funaro. FOTO: ANDRE DUSEK/AE Foto: Estadão

Integrantes do Ministério Público Federal e advogados de Lúcio Funaro bateram o martelo na noite de ontem, 21, sobre os termos do acordo de delação premiada do operador financeiro, segundo o Estado apurou. As condições para que Funaro conte aos investigadores da Lava Jato tudo o que sabe sobre esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro já foram fechadas.

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A partir de agora, procuradores da República realizam a redação das cláusulas acordadas na noite da segunda-feira para que Funaro possa assinar o acordo de delação. Depois de assinado o acordo, com anexos do que o operador pretende falar e os depoimentos colhidos, o material precisa ser enviado ao Supremo Tribunal Federal para homologação.

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Durante o período de tratativas, Funaro deve permanecer na Polícia Federal - e não na Papuda, onde estava preso - para facilitar a logística dos depoimentos que irá prestar ao Ministério Público.

Parceiro do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o operador já vem prestando depoimentos no âmbito da Operação Sépsis, na qual o corretor foi preso em 1º de julho de 2016, e na Operação Cui Bono?. Um dos depoimentos foi utilizado na denúncia oferecida pelos procuradores Anselmo Cordeiro Lopes e Sara Moreira contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima por obstrução de justiça.

A expectativa de investigadores é que os relatos de Funaro sejam utilizados pela PGR em uma possível nova denúncia contra o presidente Michel Temer, já que o operador deve narrar a sua ligação com a cúpula do PMDB.

A reunião na qual foram acertados os termos do acordo de delação premiada se estendeu das 18h30 até 0h30, na PGR.

Procurada, a defesa do operador disse que não confirma o acordo com o MPF.

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