Valmar Hupsel Filho
20 de fevereiro de 2017 | 16h19
Temer e Dilma em novembro de 2015. FOTO:DIDA SAMPAIO/ESTADAO
Em seu segundo depoimento na Ação de Investigação Judicial Eleitoral que o Tribunal Superior Eleitoral apura se a chapa Dilma/Temer cometeu abuso de poder econômico para se reeleger, Jonathan Gomes Bastos, o motorista da Focal – gráfica que prestou serviço à campanha -, reiterou que teve seu nome usado como ‘laranja’ por três empresas.
“Usaram meu nome em três empresas citadas na Lava Jato, a Focal Point, CRLS e Notícia Comunicação. Fui laranja, né?”, disse ele ao sair do prédio do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, onde prestou depoimento por videoconferência.
Jonathan Bastos disse que emprestou seus documentos para Carlos Cortegoso, apontado como proprietário da Focal, mas não sabia para qual finalidade eles iriam ser usados. Segundo ele, outras pessoas foram usadas como ‘laranja’ na Focal.
Em cerca de uma hora e meia de depoimento, o motorista disse que respondeu as mesmas perguntas que lhe foram feitas em 8 de fevereiro, quando depôs pela primeira vez.
Segundo ele, o ministro Herman Benjamim, relator do processo no Tribunal Superior Eleitoral, quis saber se a Focal, que recebeu R$24 milhões da campanha, efetivamente prestou serviços. “Fizeram as mesmas perguntas. Se tinha trabalho, se (a empresa) produziu, se não produziu”, disse.
O TSE colhe nesta segunda-feira, 20, um total de quatro depoimentos para o processo. Além de Jonathan Bastos, depuseram os irmãos Rodrigo e Rogério Zanardo, sócios-proprietários da Rede Seg.
Eles não falaram com a imprensa.
O último a depor é Carlos Cortegoso, apontado como proprietário do grupo Focal.
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