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Frente de 60 professores de Direito declara apoio a Dora para presidência da OAB de São Paulo e gestão Caio Augusto tem nova baixa

Docentes divulgam carta com críticas à atual administração da Seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil e incentivam a criminalista Dora Cavalcanti, pré-candidata à sucessão de Caio Augusto Silva dos Santos no pleito de novembro próximo

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Foto do author Pepita Ortega
Foto do author Fausto Macedo
Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:

A sede da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, no Centro de São Paulo. Foto: Reprodução/Facebook/OAB-SP

Mais de 60 docentes da área do Direito divulgaram nesta sexta-feira, 15, dia do professor, uma carta em apoio à pré-candidatura da criminalista Dora Cavalcanti nas eleições 2021 da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.

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No texto, os professores defendem que a entidade tem o papel de reaproximar a academia da atuação rotineira dos advogados, indicando que a criminalista que faz oposição à chapa do atual presidente da seccional, Caio Augusto Silva dos Santos, está comprometida em 'fazer da OAB um elo entre as universidades e os tribunais'.

A carta diz ainda que atualmente, a seccional paulista da entidade, 'pouco representa' os estudantes de direito, destacando que, na verdade, a OAB deve ter um papel relevante na formação dos futuros advogados e advogadas.

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A OAB-SP passa por um momento de turbulência que desde a abertura da inscrição das chapas que vão concorrer às próximas eleições, a serem realizadas no próximo dia 25 de novembro. Além de Dora, a criminalista Patrícia Vanzolini, também faz oposição à atual gestão.

Como mostrou o Estadão, a entidade sofreu baixas na última quarta-feira, uma delas relacionada à saída da advogada Ana Amélia Mascarenhas Camargos, que renunciou à vice-presidência da Comissão de Direitos Humanos. Quem assumiu o cargo foi o advogado Arnobio Rocha.

À reportagem, Ana Amélia disse que, durante a montagem da chapa que concorre à reeleição, o 'campo' que defende os direitos humanos ficou 'muito restrito' e aceitou o convite de Dora para compor a chapa da criminalista como conselheira federal.

Como mostrou o Estadão, o movimento não foi isolado - nomes que ocupam cargos de destaque em outras comissões também pediram para deixar quadros da seccional paulista da OAB.

Entre eles estão: Margarete Pedroso, procuradora do Estado que coordenava o núcleo de acompanhamento legislativo da Comissão de Direitos Humanos; o advogado Roberto Tardelli, que integrava a mesma comissão; Fabiano Silva dos Santos, que ocupava o cargo de coordenador de improbidade e previdência na Comissão de Direitos e Prerrogativas; Helio Silveira, que presidia a Comissão de Direito Eleitoral; Maira Recchia, coordenadora-geral do Observatório das Candidaturas Femininas e atuava como secretaria-geral da Comissão de Direito Eleitoral.

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A avaliação daqueles que romperam com Caio Augusto é a de que, na composição da chapa que concorre à reeleição, houve uma 'sub-representação' de defensores da cidadania e dos direitos humanos, além dos segmentos mais progressistas da classe. A composição da chapa mostraria uma proposta mais 'conservadora'.

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Subseção retira apoio

Além da debandada ligada às Comissões da Seccional, a gestão de Caio Augusto sofreu mais uma baixa nesta sexta-feira, 14. A 100ª Subseção de Ipiranga retirou o apoio à chapa, alegando que as 'promessas' feitas àquela diretoria não se materializaram.

"A 100ª Subseção da Capital, que, de forma veemente, a Ordem para os Advogados e pelos Advogados. Quer a Advocacia fortalecida. Quer que se volte a dizer, nos passeios e nos corredores do Fórum, que por lá vau 'o' advogado e não mais, lá se vai um advogado. [...] A 100ª Subseção da Capital, comprometida, em verdade, com os interesses e anseios de seus inscritos, mais ainda, com aqueles maiores, os da Advocacia bandeirante e despindo-se de qualquer interesse politiqueiro, retira, formalmente e com pesa, seu apoio à atual gestão da Seccional", registra a carta divulgada pelos advogados do Ipiranga.

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