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'Foi chamada de puta', diz Lula sobre Marta nos protestos

Em diálogo grampeado, Lula e Wagner se divertem com situação de opositores vaiados nas manifestações de domingo. "Posso ser até seu carregador de documentos", disse o então ministro da Casa Civil ao substituto

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Por Fabio Fabrini , Julia Affonso , Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Atualização:

Marta Suplicy. Foto: Felipe Rau/Estadão

Numa conversa por telefone grampeada pela Polícia Federal, o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner e o ex-presidente Lula comentam a situação de políticos da oposição, que foram vaiados ao comparecer aos protestos de domingo. Eles se divertem com os xingamentos à senadora Marta Suplicy (SP) , que deixou o PT rumo ao PMDB. "Foi chamada de puta", lembrou Lula. "É bom pra nego aprender", retrucou Wagner, entre risos.

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https://soundcloud.com/julia-affonso-2/grampo-da-lava-jato-pega-lula

No diálogo, Wagner disse estar à disposição para entregar o cargo ao petista e até para trabalhar como seu carregador. Lula ligou para ele na segunda-feira, véspera de embarcar para Brasília, onde, após conversas com a presidente Dilma Rousseff, aceitou assumir a Casa Civil. "Você viu que eu já tirei você da Casa Civil, né, porra!", brincou Lula. "Beleza! Com o maior prazer", respondeu o ainda ministro Wagner.

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Lula disse que a ideia de assumir uma vaga no ministério de Dilma estava mais que amadurecida, "caindo de podre". "Meu cargo está à sua disposição, viu? Posso ser até seu carregador de documentos", reagiu Wagner. "Serei seu ajudante, serei seu adjunto", emendou Lula.

Ao falar sobre os protestos de domingo, Wagner disse que de 10 a 15 mil pessoas aderiram na Bahia. Porém, segundo ele, vaias ao deputado José Carlos Aleluia (DEM) afugentaram outros políticos da oposição.

"O Aleluia foi, tomou uma vaia da porra, ninguém mais quis ir para lá", contou. "Aqui em São Paulo também ninguém conseguiu falar", retrucou Lula. Os dois citaram o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o senador Aécio Neves e Marta. "A Marta teve de se trancar na Fiesp. Só saiu quando acabou a manifestação", comentou Lula.

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