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Fim do distanciamento: o varejo offline segue vivo

Por Mauricio Romiti
Atualização:
Mauricio Romiti. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Depois de quase dois anos convivendo com medidas de distanciamento social, com o uso constante de máscaras e com o medo do vírus, mais de 50% da população brasileira está totalmente vacinada contra a Covid-19. Esse é um país que, historicamente, tem grande aderência às campanhas de vacinação, o que faz com que tenhamos quase a mesma porcentagem de população imunizada do que os Estados Unidos, por exemplo, que iniciou a aplicação das vacinas meses antes.

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As pessoas estão ansiosas para voltar ao que conhecíamos como "normal": sair de casa, reunir-se com amigos e familiares, viver - fora das telas dos smartphones e computadores. Para todos que compartilham do sentimento de esgotamento causado pela pandemia, o fim do distanciamento é uma boa notícia, há muito aguardada. E, para todos que se preocupam com a economia do País, também: afinal, a pandemia fez com que as portas de muitos estabelecimentos se fechassem, além de encerrar cerca de 255 milhões de postos de trabalho ao redor do mundo, conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Com a retomada, podemos começar a reverter os impactos que a pandemia causou em todos os setores da nossa economia. Alguns passos já estão sendo dados: ao longo de 2021 houve indícios de melhoria e sinais de retomada em diversos segmentos, como o varejo, por exemplo, que teve um crescimento de 16,7% em comparação com os 24 meses anteriores, de acordo com um levantamento do Mastercard SpendingPulse.

O comércio virtual foi um dos grandes impulsionadores desse salto nas vendas e no faturamento, e muitas empresas intensificaram sua presença digital por meio das redes sociais, e-commerces e do conceito omnichannel. No entanto, apesar da expansão dessa modalidade ao longo da pandemia, as compras virtuais ainda representam apenas em torno de 11% das vendas do varejo, segundo o índice SpendingPulse.

O Dia das Crianças, primeiro feriado comercial que contou com as lojas 100% abertas ao público, também comprova isso. A data mostrou que os consumidores estão, sim, ansiosos para voltar a sair de casa e viver a experiência presencial de compra: segundo dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), houve um aumento de 15,8% nas compras feitas em lojas físicas, e um crescimento de 16,5% em relação ao ano passado. Os shopping centers, por sua vez, registraram um aumento de 25,9% nas vendas para essa data, entre os dias 6 e 12 de outubro, como aponta o ICVA.

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E é isso que veremos daqui para frente: gente na rua, aproveitando a possibilidade de ver, tocar e conhecer os produtos, de interagir com vendedores e outros consumidores. Mesmo com o crescimento do online, foi em sua ausência que o varejo "offline" mostrou seu valor, mesmo em um mundo tão conectado. A volta à normalidade não quer dizer que devemos abandonar completamente os cuidados que adotamos nos últimos quase dois anos, mas é um vislumbre de um futuro próximo em que não deixaremos de ter experiências sensoriais, físicas e presenciais enquanto for possível tê-las.

*Mauricio Romiti é diretor financeiro e administrativo da Nassau Empreendimentos

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